Eike leva outro tombo na bolsa
Desta vez, a falta de confiana dos investidoresnas empresas do grupo EBX, de Eike Batista, com o destino das obras do Porto Au, no norte do Rio de Janeiro
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247 (Com informações da AE)_ Eike Batista não está com a vida fácil na Bolsa de Valores. O Sr. X acompanhou quatro ações do grupo EBX ficarem entre as principais perdas do Ibovespa no pregão da segunda-feira 25. PortX, OGX, LLX e MMX tiveram perdas entre 2% e 4%. Como todos os negócios da família X estão interligados, a queda de um papel causa o efeito dominó nos outros. Até o meio da tarde, a mineradora MMX e a empresa de logística LLX pareciam protegidas da desvalorização. Mas as duas ações não conseguiram se manter no azul e seguiramo mesmo rumo das suas co-irmãs. Com tantas notícias ruins em poucos dias, é preciso saber: por que os investidores estão desconfiados dos negócios de Eike Batista?
Primeiro foram as suspeitas sobreas estimativas do potencial de extração de óleo pela OGX, que teriam sido “infladas” para atrair interessados no negócio. Na segunda-feira 18, a queda do papel foi de 17,5%. Agora, o descontentamento é com os rumos da PortX. Os produtores rurais da região impediram a entrada dos trabalhadores do Sr. X na segunda-feira 25 para protestar contra a desapropriação dos terrenos para a execução do projeto que Eike chama de Super Porto. Entre 40 e 50 proprietários de terras do distrito de Cajueiro, no município de São João da Barra (RJ), alegam não terem sido avisados com antecedência sobre a data da entrega das propriedades, além de contestarem o valor das indenizações que serão pagas pelo Estado.Por questão de segurança, dois mil funcionárioseos caminhõesnão seguiram para o canteiro de obrasdo Porto Açu. Os operários foram alertados a permanecerem em casa até o encerramento da manifestação.
Outro motivo para empurrar os papéisda PortX, da MMX e da LLXpara o vermelho é a Oferta Pública de Ações (OPA) que será realizada em breve e deverá movimentar quase US$ 1,8 bilhão. No intrincado mundo X, aPortX será dividida. A LLX ficará apenas com o controle do Complexo do Açu, no norte do Estado do Rio de Janeiro, enquanto a MMX terá o controle da operadora de portos. Os detalhes dessa operação serão publicados até o início de maio.
Embora a OGX esteja fora desse processo de divisão, o movimento de queda na bolsa pode ser explicado pela baixa na cotação do petróleo e nas ações de petrolíferas ao redor do mundo. Sem contar que a desgastante crise de confiança no papel na semana passada ainda não cicatrizou os machucados. Ao contrário das ações de Eike Batista, o Ibovespa , que ficou negativo durante a maior parte do dia, inverteu a tendência na última hora dos negócios e ficou praticamente estável em 67.063.
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