Dos BRICs aos PIIGs

Ajuda dos emergentes aos europeus pode chegar a US$ 464 bilhões



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Não é de hoje que a questão fiscal na Zona do Euro preocupa a comunidade financeira mundial. Porém, agora essa questão tem alto risco de gerar uma nova onda de crise no sistema financeiro na Europa e, caso se materialize, terá efeitos negativos sobre as economias da Ásia e América, com maior intensidade em 2012.

Segundo a Eurostat, instituto de pesquisa e estatística para a Europa, a dívida total da Zona do Euro (17 países) encerrou 2010 representando 85,1% do PIB do bloco, ou 7,8 trilhões de euros. Considerando apenas os países que compõem o PIIG, a dívida total desses governos encerrou 2010 com 3,2 trilhões de euros, ou 39,8% do total da dívida da Zona do Euro.

O Ministério da Fazenda divulgou nota informando que os BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, vão se reunir na próxima segunda-feira (19/set) em Washington, nos Estados Unidos, na reunião anual do FMI e do Banco Mundial, para discutir alternativas para socorrer os países da Zona do Euro. Também vão discutir o plano de estímulo à economia norte-americana de US$ 447 bilhões anunciado por Barack Obama.

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A partir de algumas premissas básicas, Austin Rating calculou o valor provável de ajuda que os países do BRICS poderão dispor para os PIIGS, que será algo ao redor de US$ 464 bilhões. 

O mais provável é que a ajuda dos BRICS aos PIIGS pode ocorrer por meio da compra de títulos da dívida soberana.

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Outra contribuição importante, e combinada com a ação dos BRICS, seria utilizar os fundos soberanos de alguns países, com destaque para os países do Oriente Médio onde estão concentrados os maiores fundos soberanos como o de Abu Dhabi com cerca de US$ 1,0 trilhão.

No caso do BRICS, o valor da ajuda pode ser de ao menos US$ 464 bilhões. Isso porque, se considerarmos que a soma das reservas internacionais desses países, sem considerar as reservas de ouro, é de aproximadamente US$ 4,640 trilhões, os países poderiam utilizar ao menos 10% de suas reservas para dispor a ajuda.

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O cálculo da Austin Rating se baseia na necessidade de os países manterem o mínimo possível de suas reservas para honrar seus passivos em moeda estrangeira. O Brasil, por exemplo, encerrou o mês de julho com superávit no Balanço de Pagamentos de US$ 50,3 bilhões e as reservas internacionais estão em US$ 352 bilhões. Portanto, o país poderia dispor de US$ 35 bilhões de suas reservas sem comprometer sua solvência em moeda estrangeira.

 

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