Dólar recua frente ao real após Campos Neto negar ter proposto aumento na meta de inflação

Moeda estadunidense apresentava recuo de 0,40%, sendo comercializada a R$ 5,1565 para venda, no início da manhã desta terça-feira (14)

Roberto Campos Neto e dólar
Roberto Campos Neto e dólar (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | REUTERS/Dado Ruvic)


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Reuters - O dólar caía frente ao real nesta terça-feira, depois que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, negou na véspera ter proposto aumento da meta de inflação do Brasil, enquanto, no exterior, o mercado aguardava dados de inflação dos Estados Unidos.

Às 9:53 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,40%, a 5,1565 reais na venda.

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Na B3, às 9:53 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,12%, a 5,1675 reais.

Campos Neto afirmou na véspera, em entrevista ao programa Roda Viva, que o BC não propôs ao governo um aumento da meta de inflação para ganhar flexibilidade na política monetária, negando rumores que vinham rondando os mercados desde a semana passada, mas tem sugestões de aprimoramento do mecanismo.

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Sob intensas críticas do governo à atuação da autoridade monetária e ao nível dos juros no país, ele também defendeu uma aproximação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e disse entender a pressa do mandatário, mas argumentou que reduções na taxa Selic só surtem efeito prático sobre os juros no país se as decisões tiverem credibilidade.

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"À primeira vista, sua participação serviu para clarear alguns temas e tentar uma trégua com algumas alas do governo atual", escreveu Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, embora tenha ressalvado que "dificilmente deverá mudar a pressão sobre a instituição e sobre a autonomia do BC".

Passada a entrevista de Campos Neto ao Roda Viva, o mercado volta sua atenção agora para a primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional (CMN), na quinta-feira, com alguns participantes do mercado ainda se mostrando desconfortáveis com a possibilidade de que sejam discutidas mudanças para cima nas metas de inflação, mesmo que elas não sejam implementadas já nesta semana.

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"A reunião do Conselho Monetário Nacional na quinta-feira provavelmente será o maior destaque local da semana; as metas de inflação são normalmente discutidas pelo CMN na reunião de junho, mas aumentaram os riscos de que elas sejam discutidas na quinta-feira", disse Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.

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"Revisões da meta para cima não são algo que o mercado encara com bons olhos e a incerteza provavelmente permanecerá alta. Esperamos que os ativos locais fiquem voláteis, com a política conduzindo os movimentos do câmbio", completou ele.

Enquanto isso, no exterior, o dólar caía 0,25% contra uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos nesta manhã. Investidores do mundo inteiro aguardam a divulgação de dados de inflação para janeiro nos EUA, bem como discursos de membros do Federal Reserve. Os números sobre a alta de preços no país devem mostrar até que ponto o aperto da política monetária pelo Fed tem sido efetivo em conter a inflação.

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Na véspera, a moeda norte-americana à vista teve queda de 0,86%, a 5,1772 reais na venda, patamar de encerramento mais baixo em uma semana.

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