Dívida pode "explodir" com baixo crescimento e juros nas alturas, diz Campos Neto

"A grande fragilidade fiscal do momento não está ligada aos movimentos de curto prazo de melhora [das contas públicas], mas a qual é a capacidade que o país tem de crescer", falou o presidente do BC

(Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)


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247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apontou nesta terça-feira (15) em evento organizado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) que a fragilidade do Brasil parte também do questionamento do mercado acerca da capacidade do país de crescer. 

"A grande fragilidade fiscal do momento não está ligada aos movimentos de curto prazo de melhora [das contas públicas], mas a qual é a capacidade que o país tem de crescer", falou.

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Ele ainda disse que a dívida pública pode "explodir" em um cenário como o atual: baixo crescimento e juros nas alturas. "Por que nas simulações de curva, quando coloco crescimento mais baixo e taxa de juros mais alta, a trajetória da dívida explode".

"Esse prêmio [de risco] fiscal não está 100% associado aos ruídos de curto prazo, que se criou um gasto permanente e tem que identificar a fonte, parte sim, mas a questão é qual a capacidade que o país tem de crescer. Se o país não crescer, não vou conseguir atingir a sustentabilidade fiscal", completou Campos Neto, fazendo referência ao novo programa social do governo federal, o Auxílio Brasil.

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O presidente do BC falou também sobre o PIB (Produto Interno Bruto) e disse que os bancos centrais de todo o mundo tiveram dificuldade em prever que uma alta disseminada da inflação aconteceria no pós-pandemia. "Em relação ao nível do PIB [Produto Interno Bruto], voltamos para 2014. (...) Esse aperto monetário global tem uma implicação para o mundo emergente que é secar a liquidez ainda mais. Lembrando que o Brasil precisa desse investimento externo para gerar crescimento uma vez que a parte fiscal basicamente está exaurida".

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