Dilma: "a política de preços da Petrobrás é um roubo à população brasileira"

Ex-presidente explica que a mudança na regra de preços e o desmonte da estatal estiveram entre os principais objetivos do golpe de estado de 2016

(Foto: ABr | Reprodução)


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247 – Vítima do golpe de estado de 2016, que empobreceu a população brasileira e teve como um dos principais objetivos a transferência da renda do pré-sal da sociedade brasileira para os acionistas privados da Petrobrás, a ex-presidente Dilma Rousseff dedicou a segunda entrevista da série que está sendo produzida pela TV 247 sobre seu governo ao tema da energia. "A política de preços da Petrobrás é um roubo da população brasileira", disse ela ao jornalista Leonardo Attuch. "Este foi um dos principais motivos do golpe de estado".

Dilma também traçou um paralelo entre sua trajetória e a de Pedro Parente, que assumiu o comando da estatal logo após o golpe de 2016. Curiosamente, Dilma assumiu o ministério de Minas e Energia, no primeiro governo Lula, em 2003, para resolver o legado desastroso deixado por Parente no governo FHC, quando ele foi o gestor do apagão elétrico. "Ele foi o ministro do apagão e eu a ministra da luz".

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Anos depois, em 2016, FHC indicou Parente para assumir o comando da Petrobrás no governo golpista de Michel Temer, justamente para implantar uma política de preços que empobreceu caminhoneiros, donas de casa, motoristas de aplicativos e os brasileiros em geral, com a única finalidade de transferir renda para os acionistas da Petrobrás. O resultado é a volta da fome, da inflação e do desalento na sociedade brasileira. "O atual conselho da Petrobrás e sua administração não refletem os interesses do País", diz Dilma. Ela também lamenta que os militares que hoje comandam a empresa se prestem a esse papel de defender energia cara aos brasileiros, minando as possibilidades de retomada do desenvolvimento. "Sem mudar a política de preços da Petrobrás, é impossível retomar o desenvolvimento", diz ela.

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