Desemprego baixa a 5,2%: "Se melhorar, estraga"

o titular Guido Mantega, da Fazenda, ao comentar taxa de desemprego divulgada pelo IBGE; 5,2% de desocupados em novembro a menor marca desde maro de 2002; Bradesco reduz projeo para 2011; "populao brasileira nunca esteve to bem servida de emprego", cravou

Desemprego baixa a 5,2%: "Se melhorar, estraga"
Desemprego baixa a 5,2%: "Se melhorar, estraga" (Foto: Divulgação)


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O número de desempregados no mês passado registrou o menor patamar para um mês de novembro desde o início da série da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002. A população desocupada - ou seja, sem emprego e à procura de trabalho - somou 1,252 milhão no mês passado, segundo o gerente da PME do IBGE, Cimar Azeredo.

Para Azeredo, os bons resultados de novembro foram impulsionados pelo reaquecimento no mercado de trabalho característico do fim de ano. O volume de contratações temporárias sobe nesta época do ano, para atender à demanda mais aquecida no mercado interno. "É o comércio, a construção, os serviços que estão contratando", disse.

O especialista observou que, na série histórica da PME, não é comum ter um mês de novembro melhor para mercado de trabalho do que um mês de dezembro. Isso porque a taxa de desemprego do mês passado, de 5,2%, foi a melhor da série para todos os meses desde março de 2002, início da PME - ou seja, mais baixa que todos os meses de dezembro da série do levantamento.

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"O início da contratação de temporários costuma começar em dezembro e não em novembro. Mas a depender do poder aquisitivo da população, ou seja, se o consumo já estiver em alta, isso pode ser adiantado", disse.

Mas o gerente fez uma ressalva. "Tivemos uma reação no mercado de trabalho em novembro. Mas não podemos nos esquecer que ainda há uma fila de 1,3 milhão de pessoas querendo entrar no mercado de trabalho", disse, citando a quantidade, em novembro, de população desocupada em novembro, ou seja, sem emprego e à procura. Para ele, isso mostra que o mercado de trabalho, "ainda carrega algumas mazelas".

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MANTEGA - Mesmo com a desaceleração do ritmo de contratações neste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que a geração do emprego foi muito boa e que "se melhorar, estraga". Ele acrescentou ainda que se o desempenho do emprego fosse igual ao verificado em 2010, faltaria mão de obra.

Para ele, "a população brasileira nunca esteve tão bem servida de emprego". "Dois mil e doze vai ser melhor do que 2011", frisou. "A população pode confiar que vai ter emprego", acrescentou. O ministro destacou ainda que normalmente nos meses de dezembro existe um número maior de demissões por conta da contratação de temporários.

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Mantega comentou ainda a taxa de desemprego do IBGE, que chegou a 5,2% em dezembro - a menor da série histórica. "Talvez seja o melhor atributo de um país". Isso porque, países como Estados Unidos e os europeus estão convivendo com elevadas taxas de desemprego. Para Mantega, "2011" foi excepcional na geração de empregos.

BRADESCO - Depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) surpreender o mercado financeiro hoje, com a divulgação de uma taxa de desemprego em novembro bem mais baixa que a esperada, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco reduziu hoje, de 6,2% para 6,1% a projeção para a taxa média de desemprego de 2011. Se confirmado o número aguardado pelo banco, o resultado será inferior ao de 6,7% de 2010 e representará o menor número da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, iniciada em 2002.

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Hoje, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego de novembro atingiu 5,2% da População Economicamente Ativa (PEA). O número foi inferior ao de outubro (de 5,8%), atingiu o menor nível da série histórica mensal e ficou abaixo das expectativas dos economistas consultados pelo AE Projeções, de 5,50% a 6,00%. O Bradesco trabalhava com uma previsão de taxa de 5,60%.

"Nesta divulgação, a principal influência para a queda da taxa de desemprego decorreu de uma retomada na margem da ocupação superior ao movimento de aceleração da População Economicamente Ativa (PEA)", escreveram, em comunicado a clientes e à imprensa, os analistas liderados pelo diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros. "Em novembro, a população ocupada registrou alta de 1,9% ante o mesmo mês de 2010 (0,40% na margem, ante 0,2% observado em outubro, com ajuste sazonal), enquanto a PEA cresceu 1,4% em termos interanuais (0,2% na margem, depois da estabilidade vista em outubro). Portanto, a ocupação cresceu mais do que a PEA, justificando o recuo da taxa de desemprego", explicaram.

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Quanto à renda, os economistas do Bradesco avaliaram que os resultados reportados pelo IBGE vieram "em linha" com o esperado. O rendimento médio real alcançou R$ 1.623,40 em novembro, com alta de 0,7% em relação a novembro de 2010, após queda de 0,3% no mês anterior. "O rendimento nominal, por sua vez, registrou alta interanual de 7,0% (ante 6,4% em outubro, mas abaixo da média de 10% verificada até setembro). A despeito dessa melhora na margem, a evolução trimestral das duas variáveis mostra, de forma inequívoca, uma desaceleração", salientaram.

 

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