Desaquecimento e clima afetam vendas da Hering
Ritmo de crescimento arrefeceu no primeiro semestre do ano
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Após vários trimestres consecutivos de alta das vendas no conceito mesmas lojas, na faixa dos dois dígitos, a Cia Hering reduziu seu ritmo de crescimento no terceiro trimestre. A empresa reportou evolução de 9% das vendas das unidades da Hering Store, o que demonstra uma desaceleração frente a alta de 19% registrada no primeiro semestre deste ano e de 24,4% observada ao longo de 2010. Na avaliação de analistas, a piora no cenário econômico contribuiu para a desaceleração das vendas, assim como as baixas temperaturas atípicas observadas no terceiro trimestre.
Segundo relatório do Itaú BBA, a desaceleração já era esperada pela forte base de comparação e pelo clima desfavorável.
As analistas Juliana Rozenbaum e Francine Martins afirmam que a alta de 9% nas vendas mesmas lojas veio abaixo das expectativas. "Aparentemente, o tráfego não se recuperou em setembro, levando as vendas mesmas lojas a cair para o território de um dígito de crescimento pela primeira vez desde que implementou seu plano de reestruturação", diz o texto.
Para o Goldman Sachs, as vendas mesmas lojas da Cia Hering no terceiro trimestre também vieram abaixo das expectativas. De acordo com o documento assinado pelas analistas Irma Sgarz e Rachel Rodrigues, o retorno do frio em meio à chegada das coleções de verão nas lojas do Sul e Sudeste provavelmente atingiu as vendas de julho e agosto, em linha com as tendência para o restante do setor de vestuário. O relatório destaca, por outro lado, que o avanço mais rápido do canal multimarca e provavelmente também na produtividade das lojas elevou as estimativas iniciais para o avanço das vendas brutas da empresa.
Em relatório a clientes, o analista da Planner Francisco Kops destaca que os números da prévia das vendas da Hering do terceiro trimestre foram os mais fracos do ano, embora ainda continuem apresentando crescimento expressivo. "Os números de vendas mesmas lojas mostram que há uma desaceleração no crescimento das vendas, muito pela base já forte de 2010, porém muito também por um cenário macroeconômico mais desafiador neste final de ano", escreveu.
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