Delfim: "Dilma é diferente por não querer reeleição"

Ao 247, o economista diz que Dilma uma presidente que ainda no foi compreendida pela classe poltica por uma razo simples: no pensa na reeleio.Ele tambm argumenta que a crise americana desmoralizou de vez as agncias de rating



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Leonardo Attuch_247 – A cada dia, o professor Delfim Netto se torna um observador mais arguto sobre a política e a economia nacional. Na manhã desta terça-feira, ele recebeu o 247 para uma conversa descontraída sobre os acontecimentos recentes, como o escândalo no Ministério do Turismo, que gerou uma turbulência política em Brasília entre PT e PMDB, o seu partido, e a crise econômica dos Estados Unidos, que alimenta receios de um novo contágio global.

No tocante à política, Delfim, que nos últimos anos cultivou relação próxima com a presidente Dilma, diz que ela ainda não foi devidamente compreendida pela classe política. “Ela não governa em função da reeleição”, diz ela. “É uma tecnocrata que pensa apenas em entregar um governo melhor do que recebeu”. A consequência: a presidente está menos preocupada com os danos políticos da “faxina” que vem sendo promovida na Esplanada dos Ministérios. Nas suas ações, segundo Delfim, não há um cálculo político de quem estaria desde já se preocupando com 2014. “A reeleição não é uma meta central deste governo”, diz ele. “Se vier, será como consequência”.

Na economia, Delfim enxerga o Brasil totalmente preparado para superar a atual crise. “Podemos sair até mais fortes”, afirma. Ele vê o mundo crescendo menos nos próximos cinco anos, mas enxerga o Brasil mantendo taxas próximas a 4% ao ano. Na sua visão, o impacto real do rebaixamento americano pela Standard & Poors foi a desmoralização definitiva das agências de rating. “Os Estados Unidos continuaram vendendo seus títulos, mesmo com juro quase zero e uma nota menor”, diz ele. “Qual é a alternativa?”, indaga.

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Apesar do desgaste entre PT e PMDB, Delfim enxerga essa aliança política consolidada e com capacidade para governar o Brasil por muito tempo. “É uma coalizão que consagra o que está na Constituição brasileira: a vitória do Estado indutor”, afirma. No ano que vem, com as eleições municipais, haverá ruídos em algumas regiões, mas os dois partidos estarão juntos em 2014, ele aposta.

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