CPI das Americanas protege bancos que lucraram com a fraude
Requerimentos de depoimentos dos presidentes dos bancos credores foram sendo um a um retirados da pauta
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247 - Presidida pelo deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) e relatada por Carlos Chiodini (MDB-SC), a CPI das Americanas, instalada para investigar o rombo contábil bilionário registrado na Lojas Americanas, protege bancos que lucraram com a fraude.
De acordo com Lauro Jardim, do jornal O Globo, requerimentos de depoimentos dos presidentes dos bancos credores "foram sendo um a um retirados" da pauta.
"Quem acompanha de perto essa CPI desde a sua criação garante que ela própria merece uma... CPI", acrescenta o jornalista.
Agência Câmara - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura possível fraude contábil na Americanas realiza sua primeira audiência pública nesta terça-feira (6), às 14 horas, no plenário 14, para ouvir representantes de sindicatos e dos administradores judiciais.
A Americanas pediu recuperação judicial no dia 19 de janeiro após anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões.
A CPI foi instalada no dia 17 de maio e tem prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, se assim decidir a maioria de seus membros. O colegiado é presidido pelo deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE) e relatado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB-SC).
Debatedores - Foram convidados para participar desse primeiro debate, entre outros:
- o presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto;
- o sócio fundador da Preserva-Ação Administração Judicial, Bruno Rezende; e
- o administrador judicial do escritório de Advocacia Zveiter, Sergio Zveiter.
Valporto foi convidado a pedido do deputado Júnior Mano (PL-CE) para explicar impacto das inconsistências contábeis no mercado financeiro, nos investidores e acionistas da Americanas. O parlamentar acredita ainda que a Abradin pode oferecer contribuições para aprimorar o sistema de auditoria e governança corporativa no Brasil.
Já a Preserva-Ação e o escritório Zveite foram convidados por sugestão do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). "A administração judicial conjunta [conduzida pela Preserva-Ação e pelo Escritório Zveiter] tem elaborado relatórios circunstanciados, públicos e sigilosos, além de apresentar considerações acerca das questões apontadas na decisão [judicial]", explica Orlando Silva.
Segundo Silva, a recuperação judicial das Americanas é uma das maiores da história do País. "A ameaça de calote iniciou uma batalha jurídica entre a empresa e os principais credores." Por isso, a CPI convidou também o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sergio Nobre, e o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Fernandes dos Santos Neto.
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