Copom atua como partido político clandestino, diz André Roncaglia

Professor de Economia da Unifesp critica a manutenção da taxa Selic em 13,75% e afirma que a autoridade monetária deve respeitar seus limites

Roberto Campos Neto e André Roncaglia
Roberto Campos Neto e André Roncaglia (Foto: ABR | Reprodução)


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247 - O economista André Roncaglia, professor de Economia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), criticou a atuação do Banco Central diante da manutenção da taxa básica de juros em 13,75%. 

Para Roncaglia, sob a presidência de Roberto Campos Neto, o BC age politicamente contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ao se pronunciar sobre (e atuar contra) propostas do governo, o Copom atua como um partido político clandestino. A autonomia operacional tem limites. O Copom precisa respeitá-los", afirmou o professor da Unifesp em artigo na Folha de S. Paulo

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"Protegidos pelo estatuto da autonomia operacional, os integrantes do Conselho de Política Monetária (Copom) vêm abusando do seu poder, insinuando que podem derrubar o avião com base em medo infundado de os motores ficarem superaquecidos", acrescenta o economista. 

Para André Roncaglia, manter o arrocho monetário até o fim de 2024 certamente produzirá uma recessão. "A grande falácia da ata é atribuir a inflação a um excesso de demanda agregada. O fato de o setor de serviços ter preços elevados não implica aquecimento excessivo", afirmou. 

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