Contra a crise global, nasce a bolsa dos BRICs

Mercados acionrios do Brasil, Rssia, frica do Sul, Hong Kong e ndia forjam aliana para disputar investidores internacionais e permitir que empresas brasileiras listem aes em outros pases



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Rio, 12 - Presidentes de seis bolsas de Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, os chamados "Brics", anunciaram hoje uma aliança para cruzar seus sistemas de contratos de valores mobiliários. A previsão é de que o sistema seja iniciado no primeiro semestre de 2012, com a primeira fase incluindo contratos futuros e de opções, com derivativos.

Participam da coletiva Edemir Pinto, presidente da BM? Ronald Arculli, presidente da Hong Kong Stock Exchanges and Clearing Limited (HKEx); Charles Li, presidente executivo da HKEx; Ruben Aganbegyan, presidente da MICEX (Russia); Russell Loubser, diretor presidente da Johannesburg Stock Exchange (África do Sul); Madhu Kannan, diretor presidente da BSE Ltd (Índia); Ravi Narain, presidente da National Stock Exchange of India.

Segundo Edemir Pinto, a segunda fase do projeto incluirá o desenvolvimento de produtos que oferecerão acesso às ações de todas as empresas hoje listadas nestas bolsas. Pinto diz que será possível acessar outros mercados, em moeda local. Para ele, a partir deste momento, os Brics passam a ser uma classe de ativos internacional.

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A terceira fase incluirá outras alternativas de colaboração entre as bolsas.

Ações globais

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O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, afirmou que a aliança anunciada hoje entre bolsas do Brasil, Rússia, Índia, Hong Kong e África do Sul, que está sendo chamado de bolsas dos Brics, permitirá que, no futuro, algumas dessas instituições possam ter dupla listagem de produtos. Nem todos os mercados serão contemplados, e a medida não será aplicada no curto prazo, afirmou. Segundo ele, a união favorecerá a valorização dos papéis dessas bolsas. "O que posso dizer é que a partir deste momento os papéis destas bolsas vão ficar mais caros", afirmou.

Todos os produtos dentro da aliança serão negociados em moeda local, segundo os presidentes das entidades reunidos hoje na reunião anual da Federação Mundial de Bolsas na África do Sul.

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Segundo eles, que anunciaram hoje um acordo sem precedente de aliança das bolsas, a união veio da percepção de que há uma oportunidade para o mercado destes países, em crescimento, expandir globalmente num momento em que os seus rivais, em mercados desenvolvidos na Europa e nos EUA, enfrentam desafios.

Segundo eles, foi percebido um claro interesse dos investidores em produtos de países emergentes. De acordo com Edemir, o acordo de bolsas com a bolsa de Chicago (CME), como a BMF&Bovespa possui, não conflita em nada com a aliança anunciada hoje. Ele disse que há projetos de "cross-listing" que correm em paralelo com a CME, mas não estão inseridos neste acordo.

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