Consumo de gás de cozinha diminuiu no 1º semestre e é o pior em nove anos

Segundo o Observatório Social do Petróleo, um botijão de gás de cozinha foi vendido em média por R$ 110,36 no primeiro semestre, preço 40% superior à média do restante da década

(Foto: ABR | Reprodução)


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247 - O consumo de gás de cozinha no Brasil diminuiu 4,5% de janeiro a junho de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Observatório Social do Petróleo, que acessou informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre GLP vendido em botijões de até 13 quilos. De acordo com o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), "neste primeiro semestre, o GLP foi vendido em média por R$ 110,36 (em valores deflacionados para julho de 2022), preço 40% superior à média real do restante da década verificada".

A queda no consumo de gás foi resultado da política socioeconômica do governo Jair Bolsonaro (PL), que deu continuidade à retirada de direitos trabalhistas e, em consequência, uma parte da população não tem segurança jurídica e financeira para consumir. A gestão dele também fez a Petrobrás mudar a política de preços da empresa de acordo com as variações do dólar no mercado internacional. 

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Os brasileiros usaram 24 milhões de toneladas de lenha como fonte de energia nas residências em 2021. Foi o maior número desde 2009, segundo informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e divulgadas pelo Poder360 em junho de 2022. A fonte representou 26% da matriz energética residencial no ano passado. Só ficou atrás da eletricidade (45,4%). 

O Observatório Social do Petróleo afirmou, nesta quarta, que as regiões Sul e Sudeste tiveram redução de 5,9% e 5,7% no consumo do gás de cozinha no primeiro semestre, respectivamente. Entre os estados brasileiros, Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram os mais afetados, onde as vendas de botijões diminuíram quase 8%. No estado de São Paulo, a queda foi de 5,9% e no Rio de Janeiro, de 4,2%. 

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O economista Eric Gil Dantas afirmou que, "em 2021, o consumo de lenha foi o maior em mais de uma década, de acordo com levantamento da EPE (Empresa de Pesquisa Energética)". "O cenário atual, lamentavelmente, é de mais lenha e menos gás. Nem o auxílio gás foi até agora suficiente para impedir esse retrocesso, o que mostra o tamanho do problema", complementou. 

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