Consultoria do lobista indicado para Petrobrás fala em defasagem nos combustíveis, sinalizando ao mercado o que fará
Adriano Pires está em período de silêncio e alega isso para não revelar clientes mas sua consultoria fala abertamente ao mercado
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247 - Adriano Pires, o lobista indicado para o comando da Petrobrás não revela seus clientes alegando período de silêncio, mas sua consultoria sinaliza ao mercado que ele manterá a escalada de preços para os combustíveis. Em relatório ao mercado divulgado nesta sexta-feira (1), a CIBE, consultoria de Pires apontou uma suposta defasagem nos preços dos combustíveis. A informação é de Miriam Leitão, em O Globo.
Com o relatório, Pires, na prática, está permitindo aos grandes grupos privados que atuam no setor posicionarem-se para fazer mais grandes negócios, em detrimento do interesse do país.
Miriam Leitão revelou em seu artigo que “segundo relatório divulgado pela sua consultoria nesta sexta-feira, os preços da gasolina e do diesel seguem com defasagens em relação às cotações internacionais, pelo menos até o dia 28 de março, data de corte dos cálculos. No caso do diesel, 11,1% abaixo, na gasolina, 6%”.
O texto do relatório de Pires afirma: “De acordo com a atualização mais recente, em 28 de março, o preço médio do diesel na refinaria nacional ficou R$ 0,57/litro (ou -11,1%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA). O resultado deve-se ao crescimento de 1,7% no preço internacional do diesel, e a queda de 3,5% da taxa de câmbio (R$/US%) com relação à semana anterior", diz relatório da consultoria sobre o diesel.
Não é apenas sobre o diesel que escreve a empresa de Pires. O relatório também indica que os preços da gasolina continuarão a subir se ele de fato tomar posse:
"O preço da gasolina doméstica ficou R$ 0,25/litro (ou -6%) abaixo do preço no Golfo do México (EUA), em 28 de março. O resultado teve influência da retração de 6,4% no preço internacional da gasolina, com relação à última semana, e da queda da taxa de câmbio, citada acima. Tal como para o diesel, não houve reajustes no preço da gasolina nas refinarias nacionais."
Nem mesmo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) concorda com as contas de Pires: as contas da entirdade, atualizadas até 31 de março, indicam que o preço da gasolina no Brasil estaria 1% mais alto, ou seja, “com esse pequeno espaço para redução, enquanto no diesel estaria 2% mais alto” -segundo Leitão.
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