Confiança do empresário do comércio recua 1,3% em março, diz CNC

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, a confiança do empresariado do setor acumula queda de 1,12% no primeiro trimestre

Comércio aberto no Rio de Janeiro
Comércio aberto no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)


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Mariana Tokarnia, Agência Brasil - Os comerciantes brasileiros estão menos confiantes e tem menos intenção de investir e de contratar funcionários, de acordo com dados divulgados hoje (21) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido mensalmente, recuou 1,3% em março em relação a fevereiro, fechando o primeiro trimestre do ano com queda acumulada de 1,12%.

O Icec é composto pelos indicadores: condições atuais do empresário do comércio; expectativas do empresário do comércio; e intenções de investimento. O objetivo é detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas situadas em todas as capitais do país. O Icec avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos negócios do comércio.

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Neste mês, todos os índices que compõem o Icec registraram variações negativas, com destaque para condições atuais, que recuou 1,6%, enquanto expectativas e intenção de investimentos apresentaram retrações de 1,2% e 1,1%, respectivamente.

A variação negativa mais expressiva entre todos os subíndices foi verificada no grupo intenção de investimentos, com um recuo de 3,5% em contratação de funcionários. Dentro desse grupo, apenas um subíndice apresentou variação positiva, o relativo às intenções de investir em estoques, que cresceu 1,2%.

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Inflação e guerra

A pesquisa aponta os efeitos da inflação persistente no país e a recente transmissão do aumento dos combustíveis a outros preços como elementos-chave que explicam a evolução da baixa confiança empresarial. A guerra na Ucrânia também é considerada um fator de peso para o resultado, uma vez que gera um cenário de incertezas.

Segundo o economista da CNC responsável pela análise, Antonio Everton, a queda da intenção de contratar funcionários pode indicar ajustes nas empresas: "A variação pode sinalizar uma adequação nos custos operacionais a uma perspectiva de menor faturamento".

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Há ainda, de acordo com Everton, o fator sazonalidade. Todo início de ano, a chegada de impostos aumentados (IPTU e IPVA), novos valores para condomínio e mensalidade escolar pesam nos orçamentos. Além disso, os juros reais por volta de 5% acima da inflação encarecem o custo da tomada do crédito.

Apesar dos resultados, a pesquisa mostra que o Icec manteve-se na zona de satisfação, acima dos 100 pontos, registrando 118 pontos em março. Os indicadores são medidos em uma escala que vai de 0 a 200 pontos. Em fevereiro, o índice foi 119,3.

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