Comissão Europeia fecha acordo com 23 países

Segundo o presidente francs Nicolas Sarkozy, Hungria, Reino Unido, Sucia e Replica Checa ficaram de fora da reforma que visa reforar a disciplina oramentria do grupo. Cpula tambm votou em aumentar recursos do FMI em 200 bi de euros

Comissão Europeia fecha acordo com 23 países
Comissão Europeia fecha acordo com 23 países (Foto: PHILIPPE WOJAZER/Reuters)


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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris - O plano inicial de Nicolas Sarkozy e de Angela Merkel era obter um acordo unânime entre os 27 países membros da União Europeia. Mas depois de uma longa noite de discussões e de desentendimentos, a aprovação dos 17 integrantes da zona do Euro e de mais seis nações europeias fora da meda única foi amplamente comemorada nos bastidores da cúpula de Bruxelas. "Os 23 países entrarão em um acordo intergovernamental para reforçar a disciplina orçamentária", anunciou nesta manhã o Presidente do Conselho Europeu, Herman VanRompuy.

Segundo Nicolas Sarkozy, Reino Unido e Hungria informaram que não estão interessados no acordo, enquanto Suécia e República Tcheca informaram que deverão consultar seus Parlamentos. "Preferíamos um acordo com os 27 membros, não foi possível dada a posição de nossos amigos britânicos", disse o chefe de estado, julgando as suas condições inaceitáveis. O primeiro-ministro David Cameron exigiu a inclusão de um protocolo para exonerar o Reino Unido de algumas normas sobre a regulação dos serviços financeiros para proteger os interesses britânicos.

A falha em manter Londres no grupo apesar das desavenças pode gerar tensão, o que foi expresso por alguns líderes, uma vez que a União Europeia enfrenta rupturas e uma Europa com países em ritmos diferentes. Apoiadores procuram a aderência em assinaturas de 8 outras nações que estão legalmente empenhadas em aceitar o euro. "A crise fechará nosso caixão, se optarmos por alienar a Europa aos 27 [países]," disse o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk em uma reunião dos partidos europeus de direita durante a cúpula.

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O presidente da Banco Central Europeu, Mario Draghi, felicitou a iniciativa dizendo que foi um "resultado muito bom para a área do euro". "Esta é a base para um pacto fiscal com mais disciplina na política econômica dos Estados membros", disse ele. Nesta noite, também ficou decidido que o Banco Central Europeu (BCE) vai administrar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e o futuro Mecanismo Europeu de Estabilidade.

Angela Merkel também saudou esta manhã o progresso obtido e disse que isso deve permitir ao euro recuperar sua credibilidade. A chanceler alemã acrescentou: "Nós vamos construir uma união fiscal para a União Europeia, que será também uma união de estabilidade." Entre outros detalhes, o tratado expressará de forma "clara e definitiva" o fim da participação privada nas eventuais reestruturações da dívida soberana.

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Os membros da zona euro, no entanto, não chegaram a um acordo sobre a questão dos Eurobônus. Em revanche, eles votaram em reforçar os recursos do FMI em 200 bilhões de euros.

'Elementos chave'

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Para a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, os países da zona do euro deram uma resposta a três "elementos chave" da crise da dívida europeia. "Os países-membros que farão parte do novo tratado decidiram sobre três componentes principais: a união fiscal, a aceleração da implementação do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) e a adição de US$ 270 bilhões às reservas do FMI, recursos a serem confirmados dentro de dez dias", afirmou Lagarde. O ESM é o mecanismo de resgate permanente.

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