Com preço absurdo, leite deve ter um novo aumento de mais 15% este mês
O preço do leite captado em maio e pago aos produtores em junho registrou aumento de 4,6% frente ao mês anterior
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247 - Pesquisa ainda em andamento feita pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP) aponta forte elevação dos preços do leite em julho – segundo o estudo, o litro deverá ter alta de 15% em relação ao mês passado. Até junho, a alta real foi de 19,8% no ano. A reportagem é do portal G1.
O preço do leite captado em maio e pago aos produtores em junho registrou aumento de 4,6% frente ao mês anterior (a quinta alta consecutiva), chegando a R$ 2,68 por litro na “Média Brasil” líquida do Cepea.
A pesquisa do Cepea mostra que os preços do leite longa vida (UHT), do queijo muçarela e do leite em pó (400g) no estado de São Paulo encerraram o mês de junho com as seguintes médias:
- Leite longa vida (UHT) - R$ 5,22/litro;
- Queijo muçarela - R$ 36,55/kg;
- Leite em pó - R$ 30,55/kg.
Os produtos tiveram altas reais de 17,7% (leite) , de 17,2% (muçarela) e 6,7% (leite em pó) em relação ao mês anterior, conforme pesquisa realizada pelo Cepea com apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras(OCB).
Em relação ao mesmo período do ano passado, as valorizações foram de 31,94% para o leite, 14,95% para a muçarela e 10,53% para o leite em pó (400g), em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de junho/22).
Esse movimento de aumento, que também atinge os ovos, é motivado por alguns fatores, aponta o professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Kanter:
- clima mais seco, tradicional do período de entressafra, prejudicando a qualidade das pastagens;
- aumento dos custos de produção, por causa de diversas questões, como a seca, a Guerra na Ucrânia - país que é grande importador do milho, usado em ração -, bem como a alta dos fertilizantes - fornecidos em maior proporção pela Rússia;
- mercado mais atrativo para o comércio de carne do animal, do que o leite e os ovos, principalmente com a alta do dólar – que melhorou a remuneração da exportação.
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