CMN discute nesta semana mudanças no sistema de metas de inflação

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem defendido publicamente mudanças nos parâmetros adotados para que o país possa ter um sistema de metas de inflação contínuo

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Lula Marques / Agência Brasil)


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247 - O Conselho Monetário Nacional (CMN) terá uma reunião nesta semana, na quinta-feira, e um ajuste no sistema de metas de inflação será o assunto principal em discussão. Composto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela titular do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o CMN tem como objetivo definir as diretrizes da política monetária do país. Haddad tem defendido publicamente uma mudança nos parâmetros atualmente adotados para que o país possa ter um sistema de metas de inflação contínuo.

Atualmente, a meta é estabelecida com base no ano calendário. Para o ano de 2023, o objetivo do BC é manter a inflação em 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Alterar essa abordagem pode ser determinante para os rumos da taxa de juros no país. 

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Segundo o jornal O Globo, a reunião do CMN desta semana marcará o primeiro encontro de Campos Neto com Haddad após o BC manter a taxa básica de juros do país em 13,75% ao ano e não sinalizar claramente uma redução da Taxa Selic em agosto.

O calendário oficial do CMN prevê a discussão sobre as metas de inflação nos meses de junho. Neste ano, seria discutida a meta de 2026 e reavaliados os objetivos de 2024 e 2025. No entanto, uma nova possibilidade que será debatida é a implementação de um calendário móvel. Em vez de considerar um ano completo para atingir a meta, o objetivo seria perseguido ao longo de um período mais extenso. Dessa forma, o BC teria uma atuação mais suave para manter os preços sob controle.

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Ainda segundo a reportagem, a avaliação dentro do governo é de que uma regra que não siga o ano calendário poderia amenizar as pressões e reduzir as chances de a política monetária se tornar excessivamente contracionista, ou seja, com taxas de juros muito altas. Ainda não há, no entanto, uma definição clara de que essa mudança será implementada neste momento, segundo integrantes do governo. 

Caso a sistemática de meta anual seja mantida, será necessário estabelecer um número para 2026. Se houver uma alteração, será preciso determinar o valor a ser perseguido em um prazo mais longo..

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A possibilidade de alteração numérica das metas de inflação foi praticamente descartada, apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter mencionado nos primeiros meses de seu mandato a possibilidade de adotar um parâmetro de referência mais elevado. O foco atual da equipe econômica é a adoção de uma meta contínua de inflação.

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