Chegou a hora de cobrar a ajuda dos emergentes
Diretor do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling, inicia nesta sexta-feira um tour pela China, Japo, e talvez pelo Brasil e Rssia, para dar garantias e pedir o socorro oferecido nos ltimos meses
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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – Os dirigentes europeus chegaram enfim a um acordo para reagir à crise da dívida que contagia a Europa. Mas eles sabem que o peso dessa batalha não poderá ser carregado apenas pelo Velho Continente. Chegou a hora de cobrar a ajuda dos países emergentes que foi oferecida nos últimos meses.
Nesta sexta-feira, o diretor geral do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, Klaus Regling, será recebido pelo governo chinês. Oficialmente, a pauta do encontro será os desafios econômicos que a Europa deve enfrentar e as recentes medidas tomadas para resolver o problema, segundo um comunicado da delegação da União Europeia em Pequin. Mas, como os principais parceiros comerciais da China, depois de abrir mão de 50% da dívida grega, os europeus não batem em primeiro lugar à sua porta por acaso. « A China é um investidor de longo prazo sobre o mercado da dívida soberana da União Europeia e vai continuar a dar suporte à Europa e ao Euro », declarou recentemente Jia Qinglin, número quatro do regime.
No entanto, a forma com que isso pode acontecer ainda não está clara. De qualquer forma, as duas partes sabm que a ajuda dos emergentes não virá sem uma contrapartida. «Os países europeus deveriam oferecer um melhor acolhimento aos investimentos das nações em desenvolvimento », disse Fu Ying, vice-ministro as Relações Exteriores da China.
Depois de Pequin, Klaus Regling passará por Tóquio nesse final de semana. O Japão, que já investiu 2,28 bilhões de euros nas três primeiras emissões de títulos da dívida desde o início do ano, estaria disposto a aumentar suas apostas no continente.
A Rússia e o Brasil também devem entrar nessa lista. Segundo o ministro das Finanças brasileiro Guido Mantega, e um conselheiro econômico do Kremiln, o socorro viria através do Fundo Monetário Internacional.
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