Bye, bye, Fernanda
Presidente da Caixa deixa o cargo. O motivo: o rombo do Panamericano
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247 – A Caixa Econômica Federal tem um novo comando. Maria Fernanda Coelho deixa a presidência do banco por “razões pessoais”. Essa é a justificativa oficial. Mas o motivo verdadeiro é bem mais grave: o rombo do banco Panamericano. No ano passado, a Caixa investiu mais de R$ 750 milhões para adquirir 49% das ações do banco de Silvio Santos. Logo depois das eleições, descobriu-se que o banco estava literalmente quebrado – e que havia deixado um rombo de R$ 3,4 bilhões. Diante do escândalo, o governo pressionou o Fundo Garantidor de Crédito para que o banco fosse resgatado, mais uma vez com recursos oficiais. A Caixa, novamente, foi chamada para tapar o rombo de um banco que acabou sendo vendido, a preço de banana, para o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual. Feita a lambança, não havia mais clima para que Maria Fernanda, ligada ao ex-ministro Luiz Gushiken, permanecesse à frente da Caixa.
O vice-presidente da instituição, Jorge Hereda, foi confirmado nesta quinta-feira como o novo presidente. Para analistas de mercado, porém, a saída da executiva pode ser o início de um ciclo de mudanças na área econômica do governo. A presidente Dilma Rousseff estaria começando a “dar sua cara” a uma área em que pouco mexeu até agora.
O rombo do Panamericano também criou o que os economistas chamam de “risco moral” no sistema financeiro nacional. A lei que criou o Proer, ainda no governo FHC, fazia com que banqueiros quebrados perdessem o patrimônio e tivessem todos os seus bens bloqueados. No caso do PanAmericano, Silvio Santos saiu ileso, com a ajuda da Caixa.
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