BRB busca ampliar sua atuação além dos limites de Brasília: foco no Nordeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo

O banco aumentou sua base de clientes de 600 mil para 7 milhões no final do primeiro semestre

Banco Regional de Brasília BRB
Banco Regional de Brasília BRB (Foto: Divulgação)


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247 – O executivo Paulo Henrique Costa, presidente do Banco de Brasília (BRB), revelou, em entrevista aos jornalistas Guilherme Pimenta e Edna Simão, do Valor Econômico, que a instituição tem como objetivo expandir sua presença nos próximos cinco anos, deixando de ser um banco regional para se tornar um "banco de médio porte". O plano é aumentar a participação de clientes pessoa jurídica (PJ) na carteira, reduzindo o atual índice de 88% de pessoas físicas. A estratégia de expansão inclui o Nordeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A intenção é fortalecer o segmento de empresas, principalmente médias e grandes, não apenas em Brasília, mas também em outras regiões. A participação das PJ na carteira do banco aumentaria de 12% para aproximadamente 40%. No entanto, essa expansão está condicionada ao desempenho econômico futuro.

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Anteriormente, a maior parte da carteira do BRB era composta por crédito consignado, representando 80% do total. No entanto, a gestão atual do banco tem como objetivo diversificar a receita e expandir a presença para além do Distrito Federal, em resposta ao desejo do acionista controlador, o Governo do Distrito Federal (GDF). Além do crédito consignado, o BRB é líder em crédito imobiliário e rural na capital federal. O presidente Costa descreve essa transformação como uma reconstrução necessária para competir efetivamente com outros bancos.

Há quatro anos, quando assumiu o BRB, durante o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB), a maioria dos clientes do banco era composta por servidores públicos do Distrito Federal, que utilizavam principalmente a conta corrente e o crédito consignado, com pouca utilização de produtos de investimento ou seguros. Atualmente, o perfil dos clientes mudou, e o BRB atende principalmente clientes de média e alta renda, com um relacionamento mais abrangente e utilização de outros produtos.

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Os dados de março deste ano indicam que a carteira de crédito do BRB está avaliada em R$ 32 bilhões, em comparação com R$ 8,8 bilhões no final de 2018. Os ativos totais do banco são de R$ 45 bilhões (R$ 15 bilhões em 2018). O crescimento durante a pandemia e o atual ambiente econômico desafiador exigiram uma gestão cuidadosa. Agora, o foco do banco está na qualidade, eficiência e rentabilidade, após uma fase de rápido crescimento.

Parceria com o Flamengo – O presidente do BRB acredita que é possível aumentar a carteira de crédito em até 20% até o final do ano, especialmente com a expansão para além da capital do país. A parceria com o Flamengo, que resultou no lançamento de um banco digital, naturalmente atraiu mais clientes no Rio de Janeiro. Costa também mencionou a possibilidade de emissão de novas ações para captar mais recursos e sustentar o crescimento nos próximos anos. Ele destacou que é natural que o GDF participe dessa operação, como acionista majoritário, considerando os lucros e dividendos distribuídos nos últimos anos.

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Apesar dos planos ambiciosos de expansão, Paulo Henrique Costa reconhece os desafios decorrentes do aumento da taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano. O banco está passando por um período de ajustes após um rápido crescimento, tendo aumentado sua base de clientes de 600 mil para 7 milhões no final do primeiro semestre. O BRB registrou um lucro líquido de R$ 70 milhões, um aumento de 23,9% em relação ao trimestre anterior e de 20,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação à inadimplência, houve um aumento quando o banco iniciou a expansão para outras cidades, atingindo 3,2% em março do ano passado. Atualmente, o índice está em 2%. Costa ressaltou a importância de uma gestão estratégica para manter uma carteira de crédito de qualidade e destacou que o banco ajustou seu apetite ao risco ao longo do tempo.

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