Brasil tem a economia mais lenta do continente

Pela primeira vez desde 2006, o Brasil cresce menos do que todos os seus vizinhos; resultado ruim do PIB em 2011, certamente, far com que a presidente Dilma, que economista, cobre mais eficincia da rea comandada por Guido Mantega

Brasil tem a economia mais lenta do continente
Brasil tem a economia mais lenta do continente (Foto: Divulgação)


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247 – Equador: 9%. Argentina: 8,8%. Peru: 6,9%. Chile: 6,0%. Colômbia: 5,8%. Uruguai: 5,5%. Guiana: 4,8%. Bolívia: 4,5%. Venezuela: 4,2%. Paraguai: 4,0%. México: 3,9%. Suriname: 3,0%. Brasil? Bem, o Brasil cresceu apenas 2,7% em 2011 e apresentou o pior resultado, em termos de crescimento do PIB, em toda a América do Sul. Na América Latina, perdeu, inclusive, do México, que sofre um contágio maior da crise nos Estados Unidos. Um desempenho tão ruim não ocorria desde 2006 e o levantamento é o destaque principal da edição da Folha de S. Paulo deste domingo (que, em São Paulo, começa a circular no fim da tarde de sábado).

Esse levantamento poderá relativizar a visão que muitos têm sobre o primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff. Embora a presidente tenha mais de 70% de aprovação popular, o Brasil vai mal quando comparado aos vizinhos e até mesmo ao resto do mundo. Enquanto a média de crescimento do PIB da América Latina foi de 4,3% em 2011, o Brasil ficou quase 50% abaixo, com 2,7%. Além disso, o desempenho foi tão medíocre, que se situou até abaixo da média global, que foi de 2,8% – num ano marcado pela crise europeia.

Economista, e atenta a cada detalhe do governo, a presidente Dilma certamente cobrará mais eficiência da área econômica, comandada pelo ministro Guido Mantega. Algumas medidas já começaram a ser estudadas. Bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, estão convocados a reduzir suas taxas de juros e seus spreads. Nos próximos dias, o BB deve oficializar que a taxa do seu cheque especial será de 3%. Além disso, Mantega estuda um pacote para desonerar a folha de pagamentos das empresas.

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Juros menores

Um dos fatores que mais pesaram para o desempenho medíocre da economia brasileira em 2011 foi a alta taxa de juros básica do Banco Central, a Selic, que ainda é a maior do mundo, apesar dos cortes recentes. Na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, espera-se a redução para 9% ao ano. Outro ponto fraco é o pequeno volume dos investimentos em infraestrutura. Apesar da proximidade da Copa do Mundo de 2014, as obras de mobilidade urbana nas principais metrópoles do País ainda não deslancharam.

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Em seu primeiro ano de governo, Dilma conquistou popularidade fazendo a chamada “faxina ética” nos ministérios, onde trocou quadros políticos por técnicos. Esse processo agora chega às relações com o Legislativo, onde a presidente pretende adotar novas práticas políticas. No entanto, em 2012, ela terá que dedicar atenção maior à economia, caso pretenda preservar os atuais níveis de popularidade. O fato incontestável é que, ao menos na América do Sul, o Brasil foi a economia mais lenta no ano passado. Uma tartaruga, em meio a várias lebres.

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