Brasil fica de fora de aliança comercial contra Rússia na OMC

Uma coalizão formada por quase 40 países anunciou que suspenderá os direitos comerciais da Rússia

(Foto: Sputnik)


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Sputnik Brasil - O governo brasileiro rejeitou participar de um projeto na Organização Mundial do Comércio (OMC) que amplia a pressão econômica sobre a Rússia.

Nesta terça-feira, 15, uma coalizão formada por quase 40 países anunciou que suspenderá os direitos comerciais da Rússia.

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A aliança conta com a liderança dos EUA e dos 27 países da UE, além do Canadá, da Austrália, da Islândia, do Japão, da Coreia do Sul, da Nova Zelândia, do Reino Unido e de outros.

Fontes do alto escalão do Itamaraty indicaram que, pelo menos por enquanto, o Brasil não vai aderir ao conjunto, escreve o colunista Jamil Chade.

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A diplomacia brasileira, conforme comprovado em recentes pronunciamentos na ONU, aponta para os riscos das sanções, que podem representar uma ameaça para o abastecimento de alimentos no mundo.

A Rússia não incluiu o Brasil entre os países considerados hostis, e, em resposta ao UOL, a diplomacia de Moscou afirmou que o governo Bolsonaro "entende" os motivos que levaram o Kremlin a agir na Ucrânia.

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Nos últimos dias, a avaliação do governo brasileiro tem sido corroborada por entidades internacionais.

A própria FAO (braço da ONU que lidera esforços para a erradicação da fome e o combate à pobreza) alertou que existe o risco de que, com a operação especial russa na Ucrânia e as sanções contra Moscou, o preço dos alimentos sofra uma alta de 20%. O resultado seria o aumento da fome no mundo.

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O Brasil, ao lado de outros países latino-americanos, considera inclusive levar o tema para o debate na agência de alimentos da ONU. Esse entendimento foi compartilhado hoje, 15, pelo presidente do Banco Mundial.

O governo brasileiro quer pressionar para que fertilizantes, por exemplo, sejam excluídos do regime de sanções, sob o argumento de que o impacto seria negativo para a agricultura dos países ricos e para o abastecimento de alimentos nos países mais pobres.

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Na segunda-feira, 14, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos Alberto França, criticou a decisão de países que integram a OMC de rebaixar o status comercial da Rússia de forma unilateral.

Durante uma aula magna para estudantes do curso de Relações Internacionais do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília, o chanceler disse que a medida o preocupa e cobrou discussões no âmbito da entidade antes da formalização de novas resoluções.

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