'Brasil está preparado para enfrentar a crise', diz Mercadante

Aloizio Mercadante, Ministro da Cincia e Tecnologia, apontou os desafios para o setor nos prximos quatro anos, durante visita a Salvador. Segundo ele, no basta produzir commodities, mas preciso investir na economia do conhecimento

'Brasil está preparado para enfrentar a crise', diz Mercadante
'Brasil está preparado para enfrentar a crise', diz Mercadante (Foto: Karol Azevedo/247)


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Por Elieser Cesar_Bahia 247 - O Brasil precisa deixar de produzir, principalmente, commodities e passar a investir mais em setores como a economia do conhecimento natural – agricultura, minérios, gás e petróleo – e fortalecer o consumo interno e a distribuição de renda, para melhor enfrentar a crise da economia mundial. O diagnóstico foi feito pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, ao participar, na manhã desta sexta-feira, do ciclo de debates Nordeste XXI, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador.

Mercadante, que é economista, disse que o país está preparado para a crise da economia global, pois, dentre outras vantagens, dispõe de liquidez, em recursos cambiais, no valor de R$ 432 bilhões e conta com o aumento crescente dos investimentos externos. Para um público majoritariamente de empresários e também de políticos, como os senadores baianos Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), além do deputado federal Ariosto Holanda (PSB-CE), relator do relator do Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para o Nordeste, Aloizio Mercadante falou sobre a estratégia para o Brasil na área da Tecnologia, Ciência e Inovação (CT&I), para os próximos quatro anos.

"Somos o segundo produtor e exportador mundial de alimentos. Das dez descobertas de petróleo no mundo nos últimos dez anos, sete foram da camada pré-sal do Brasil", observou o ministro. Ele ressaltou a necessidade de transformar a CT&I em eixo estruturante do desenvolvimento nacional. Para isso, salientou, é preciso que as empresas nacionais invistam mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

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Baixo investimento

Atualmente, as empresas brasileiras investem apenas 0,57% do PIB no setor, contra 2,69 do Japão, 2,65 da Coréia, 1,87 dos EUA, 1,8 da Alemanha e 1,7 da França.

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Outras áreas estratégicas para o desenvolvimento, segundo o ministro de C&T, são o complexo de saúde que, em 2010, acumulou um déficit de US$ 10 milhões, e as energias limpas. Aloizio Mercadante informou que o Parque Eólico brasileiro terá sua capacidade de produção de energia aumentada sete vezes, nos próximos quatro anos, passando de 1 GW, em 2011 para 7 GW em 2014. Além disso, haverá investimentos na produção da energia solar (fotovoltaica) e na nova geração de etanol, como a 3ª geração a partir da biomassa gaseificada e de reação de síntese para a produção de combustíveis líquidos.

Farão parte também dos desafios estratégicos do setor de CT&I a criação do Parque de Inovação e Sustentatibilidade em Construção Civil, no campus de Gama da Universidade de Brasília e a implantação do Centro de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), para prevenir catástrofes como a seca, as enchentes e os desmoronamentos. Do deputado Ariosto Holanda, Aloizio Mercadante recebeu uma cópia do Plano de Desenvolvimento Científico e Tecnológico para o Nordeste, um termo de referência para, principalmente, sanar a perda de R$ 578 milhões dos Fundos Setoriais do MCT, nos últimos oito anos. Elaborado com a ajuda da bancada federal do Nordeste, o plano prevê aplicação de 30% dos Fundos Setoriais de C&T no Nordeste, no Norte e no Centro Oeste, além de 40% do CT-Petro , o centro de pesquisas da Petrobras.

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