Brasil cai uma posição em ranking de globalização
Apesar de aumentar sua pontuao em 0,02 em relao ao estudo de 2010, Pascaiu uma posio na lista da empresa de consultoria Ernst Young e passou a ocupar o 47. lugar
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O Brasil caiu uma posição, para 47.º, no ranking de globalização feito pela empresa de consultoria Ernst & Young com as 60 maiores economias do mundo. Apesar da queda verificada no Índice de Globalização, divulgado hoje, o Brasil aumentou sua pontuação em 0,02 em relação ao estudo de 2010, atingindo 3,24 pontos. Segundo a consultoria, desde 1995 o Brasil caiu três posições no ranking, cuja liderança é ocupada por Hong Kong com 7,42 pontos. A pontuação média global ficou em 4,17 pontos.
Entre o grupo dos Brics, o Brasil está atrás da China (39º), mas à frente de Rússia (56º), Índia (55º) e África do Sul (54º). O Brasil está atrás ainda de Nigéria (46º), México (36º) e Chile (25º), mas melhor posicionado do que a Argentina (50º)e da Venezuela (58º).
De acordo com o estudo, o Brasil apresentou uma grande queda na categoria "capital", provocada pela saída de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que passou de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para -0,6% no ano seguinte. "Deve-se notar que os dados de saídas de IED em 2011 foram distorcidos pela repatriação excepcional de empréstimos por empresas brasileiras relacionadas a investimentos feitos em anos anteriores, tornando negativos os dados líquidos de saída desses investimentos", afirma o documento.
Tecnologia
Na categoria "tecnologia", o País ganhou pontos por conta do aumento das assinaturas de banda larga, que passaram de 7,4 para cada 100 pessoas em 2010 para 8,8 em 2011, e do total de assinantes de internet, que avançou de 32,3 em cada 100 habitantes para 36,1, no mesmo período.
Nas outras três categorias analisadas - "comércio", "trabalho" e "cultura" - a pontuação continuou inalterada. "O País ainda aparece acima da média nos indicadores "facilidade de negociação transnacional", "restrições de conta corrente", "política governamental para o investimento estrangeiro" e "abertura da cultura nacional à influência estrangeira", consta no relatório.
O estudo, que está na sua terceira edição, é feito a partir de três parâmetros: o Índice de Globalização da Ernst & Young, de uma pesquisa com 1.000 executivos em todo o mundo realizada no final de 2011 e da projeção de crescimento do PIB global e regional ao longo dos próximos quatro anos.
Onda protecionista
No relatório, a empresa afirma que a globalização continuará avançando até 2015, mas mostra preocupação com medidas protecionistas. "Noventa por cento dos executivos consultados esperam ver um aumento nas medidas protecionistas, se a economia global entrar em nova recessão após uma ligeira recuperação", afirma o relatório. Reino Unido e Estados Unidos são os únicos mercados analisados em que o índice prevê globalização ligeiramente em declínio nos próximos três anos, devido às regras para a entrada de imigrantes.
Ainda de acordo com o estudo, o crescimento dos países emergentes deverá compensar o lento avanço das economias desenvolvidas em 2012. A empresa calcula que o PIB combinado desses mercados crescerá 5,3% neste ano. "O PIB dos mercados emergentes (medido com base na paridade do poder de compra) pode superar o das economias desenvolvidas já em 2014, com cerca de 70% do crescimento mundial total nos próximos anos vindo dessas economias, dos quais mais da metade virá de China e Índia."
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