Bovespa segue tensão mundial e abre em queda

Acompanhando quedas mundiais, bolsa opera com ndice negativo de -0,50 s 13h40



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247 - A Bovespa iniciou o dia na defensiva, acompanhando a tensão das demais bolsas do mundo. Às 10h31, operava em queda de 0,72%, atenta aos acontecimentos em Washington e na Europa, aguardando mais notícias ruins. A partir das 11h50, ensaiou um descolamento, apontando crescimento de 0,22. O que está acontecendo é um vácuo de poder e de propostas concretas para a solução da crise mundial, que pode se alastrar para setores nevrálgicos, como o financeiro.

PRÉ-ABERTURA - Essa crise é a crise do esgotamento dos modelos econômicos e matemáticos conhecidos. Com isso, governos, autoridades monetárias multilaterais, Bancos Centrais, economistas em geral e analistas se perdem em comentários soltos e palpites, para esconder a verdade: o mundo está em corner por ter lideranças que não tem a menor ideia sobre como proceder para resolver a situação.

O atoleiro, assim, vira areia movediça, que engole a todos. Em primeiro lugar, os países da zona do euro em pior situação, depois os demais. A questão mais importante é que o problema parece ter fundo político, no sentido de ausência de conversas entre os países para um entendimento concreto.

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Sem uma concepção política clara sobre o que fazer e como agir, a letargia se alastra e se torna perigosa. A troca de acusações cresce de tom e chega a soar ridículo. Não é realista o Fundo Monetário Internacional alertar, a essa altura do campeonato, sobre a necessidade dos países da América Latina fazerem a lição de casa. Ou mesmo o Banco Mundial afirmar que os Brics correm perigo.

Até mesmo os bancos locais, conhecidos pela higidez, foram alvo de comentários maldosos. O problema é que essa falácia serve apenas para retardar e desperdiçar tempo precioso na busca de soluções para a crise, que se aprofunda.

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Hoje, as bolsas continuam em sua vertiginosa rota de desvalorização. As bolsas asiáticas fecharam em baixa, com Honk Kong perdendo 1,4%. A Europa tentou reagir, mas cedeu e todas as bolsas derretem nesta manhã. Londres perdia, há pouco, 1,4%, Frankfurt caía 2,3% e Paris operava com queda de 1,9%. A bolsa que mais está sofrendo é a da Rússia, que perde mais de 6%.

O mercado russo sofre um ataque especulativo contra o rublo, que fez o Banco Central local mudar a política de bandas de negociação. Na Grécia, as informações são piores, pois indicam que o governo já cogita organizar uma moratória consensual com os credores, com pedidos de desconto de 50% sobre o total.

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Ainda resta uma pequena réstia de luz. Hoje, começa a reunião do FMI e dos países do G-20. Esses encontros podem dar alguma esperança, mas é pouco sensato considerar essa possibilidade. O mundo está em frangalho moral, vive uma crise de insensatez. O caminho é tortuoso. A Bovespa tem pouco a dar nesse momento.

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