Bovespa realiza lucros e cai na abertura

nica a resistir diante do pessimismo mundial, bolsa brasileira interrompe ciclo de preges em alta na manh de hoje



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247 - A Bovespa interrompeu o ciclo de pregões em alta hoje de manhã e abriu em queda generalizada. Há pouco, o Ibovespa estava em 57.084 pontos, com queda de 0,94%. A Bolsa brasileira era a única a desfilar ao largo do pessimismo mundial e subia com força há vários pregões. Não dava para continuar nesse ritmo. Hoje é um dia de realizações e ajustes ao padrão internacional. A alta dos últimos dias é explicada como uma recomposição de preços, pois o mercado brasileiro havia exagerado na dose de baixas depois que a crise global se agravou. Agora, novas expectativas passam a influir no cenário. A principal delas: o teor e o tamanho das medidas de estímulo ao crescimento econômico que o Fed poderá anunciar na reunião dos dias 21 e 22 de setembro.

FMI dá a senha e bolsas caem com falta de ação dos BCs e governos

O tom foi dado pela diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em palestra em Londres, nesta manhã: é preciso coragem e partir para a ação já. Sem isso, segundo ela, os países desenvolvidos entrarão irremediavelmente em rota de nova recessão. O alerta foi dado um dia depois de os Bancos Centrais da Europa e dos Estados Unidos não avançarem um milímetro em medidas concretas de apoio ao crescimento econômico.

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Ao mesmo tempo, os governos dos países da zona do euro estão em estado de letargia, fazendo muitas reuniões, e poucas decisões. O presidente dos EUA, Barack Obama, tentou alguma coisa, anunciando um forte pacote de criação de empregos ao estilo do New Deal da década de 1930 para combater a Grande Depressão americana. O investimento para a criação de empregos será de mais de US$ 400 bilhões.

Barack Obama fez a proposta e a oposição chiou, mas ela também sabe que não pode ficar contra medidas de ajuda aos desempregados americanos na véspera das eleições gerais de 2012. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, reforçou o discurso, lembrando que é hora de priorizar o crescimento econômico. O Fed não fez a parte dele. Em discurso, Ben Bernanke, fez mais do mesmo e apenas sugeriu medidas para a reunião do Fed em 20 e 21 de setembro.

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Se Ben Bernanke estivesse no Brasil, receberia o aplauso dos analistas de plantão. Por aqui, a crítica é justamente o contrário. O governo brasileiro não pode pensar em lutar em prol do crescimento econômico, isso contraria a lógica técnica dos analistas. Portanto, o Banco Central não deveria reduzir o juro de 12,5% para 12% ao ano, sem antes obter o consentimento prévio dos pensadores econômicos brasileiros.

Os mercados não pensam assim. Estão ao lado de Lagarde, Barack Obama e Geithner e querem que as autoridades saiam da paralisia. As bolsas da Ásia caíram. Tóquio perdeu 0,6%, Hong Kong escorregou 0,2% e Xangai fechou com queda de 0,1%. Nada demais, uma reação morna, típica de expectativas frustradas. Na Europa, onde a crise é mais grave, as bolsas reagem com mal estar acentuado. A Bolsa de Londres operava em queda de 0,76%, Madri perdia 1,87%, Frankfurt sofria em terreno negativo de 1,24%, Paris deslizava 1,24% e Milão estava a -1,80%.

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Para o Brasil, os fatores internos começam a comandar as ações. Mas não se pode esperar muito. A impressão é que a Bovespa caiu muito, exageradamente e agora se recompôs. Daqui para a frente, não se pode esperar que o preço das ações continue seguindo apenas os fatores domésticos.

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