Bolsonaro, responsável pela política de preços dos combustíveis, ataca e culpa a Petrobrás
Novo alvo de Jair Bolsonaro para se livrar da responsabilidade sobre a alta no preço dos combustíveis é mirar a estatal: "eles têm uma legislação completamente própria”
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247 - Responsável pela política de preços de combustíveis atrelada ao dólar, Jair Bolsonaro voltou a usar sua nova tática para se desvencilhar da culpa: atacar a Petrobrás. Em discurso na Feira Nacional da Soja, em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, ele culpou a estatal pelos reajustes na gasolina e disse que o lucro da empresa ‘não se justifica’.
“Esta semana vocês estão conhecendo um pouco mais do que é a Petrobras aqui no Brasil. Temos nichos, temos redutos ainda em nosso governo espalhados por todo o Brasil que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco. Eles sabem que o Brasil não aguenta mais o reajuste de combustível numa empresa que fatura dezenas de bilhões de reais por ano às custas do nosso povo brasileiro”, discursou, conforme reportagem do G1.
Nesta semana, Bolsonaro já havia dito em sua live nas redes sociais que o lucro da estatal era “abusivo”, “um crime” e “um estupro”. Neste sábado, foi no mesmo tom: “Vocês devem estar sabendo o que eu falei na live, né? Tinha um sentimento de que ia ter novo reajuste no preço. Isso é injustificável pelos números da Petrobrás. A Petrobrás não está numa situação de ser independente do Brasil”.
Ele citou que outras petrolíferas do mundo baixaram a margem de lucro para enfrentar a crise com a guerra na Ucrânia, e que espera o mesmo da estatal brasileira. “A Petrobras é diferente. A Petrobras tem um lucro 100% maior que a próxima grande petrolífera do mundo. Não justifica isso daí. Não tem interferência, eles têm uma legislação completamente própria”, afirmou.
E indicou que os petardos contra a empresa vão continuar em seus próximos discursos: “Quero revelar pra vocês, nos próximos dias, quem são os acionistas da Petrobras: fundos de pensão. Nada contra. Nós estamos bancando aposentadorias para gente de fora do Brasil, e polpudas aposentadorias”.
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