Bolsonaro quer trocar diretores da Petrobrás para impedir aumento dos combustíveis antes do 2º turno

Indicado por Bolsonaro, o presidente da empresa ainda buscou nos últimos dias reduzir o preço da gasolina e diesel para gerar notícias positivas para o governo, mas não conseguiu

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)


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247 - O governo Jair Bolsonaro (PL) planeja trocar diretores da Petrobrás para impedir que a empresa determine aumento nos preços dos combustíveis no país antes da realização do segundo turno da eleição, que acontecerá em 30 de outubro. Bolsonaro enfrenta o ex-presidente Lula (PT) no pleito presidencial.

"O novo presidente da estatal, Caio Paes de Andrade, quer mudar as diretorias que cuidam da análise de preços na companhia: Finanças e Comercialização e Logística. Andrade também quer trocar o comando da Diretoria de Governança e Conformidade", explica Valdo Cruz, do g1.

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Além de evitar um aumento nos combustíveis que pudesse prejudicar Bolsonaro, o presidente da Petrobrás, Caio Paes de Andrade, chegou a discutir internamente a possibilidade de reduzir os preços da gasolina e do diesel, buscando gerar notícias positivas para o governo.

Os diretores de Finanças e Comercialização e Logística, porém, foram contra. Eles alegaram que, neste momento, os preços internos estão abaixo do que o praticado no mercado internacional.

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Com a mudança no cenário global, a Petrobrás, pela sua atual política de preços, será forçada em breve a anunciar aumento no preço dos combustíveis. "O preço do petróleo voltou a subir, principalmente depois que a Opep reduziu a produção de óleo, gerando pressão de alta. Com isso, não haveria possibilidade de corte no valor do diesel e da gasolina no mercado interno, mas de alta. Por enquanto, é possível segurar os preços por algumas semanas, mas se a tendência de alta no petróleo se mantiver a regra da Petrobrás determina aumento nos produtos no país. Segundo assessores da Petrobrás, se a estatal reduzisse os preços hoje iria contra a regra atual, de paridade de preços de importação. Com isso, a diretoria ficaria sujeita a uma ação na Justiça por parte de acionistas minoritários", informa o jornalista.

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