Bolsas derretem com risco de calote americano

Mercados internacionais temem dvida de US$ 14,3 trilhesdos Estados Unidos; tenso continuar at que se dissipem os receios dos problemas com o pagamento; Vamos encontrar meios de resolver essa sria questo, diz Obama



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247_As bolsas de valores pelo mundo estão pintadas de vermelho. Não há um só índice que consiga se livrar dos receios globais de que os Estados Unidos estão próximos de aplicar o maior calote da recente história econômica. Às 12h15, horário de Brasília, o Ibovespa cai 1,6%, os índices na França, Alemanha, Inglaterra e Espanha, que estão próximos do seu horário de fechamento, recuam 3,1%, 1,2%, 1,5% e 3,3%, respectivamente. E os americanos Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones estão em baixa de 1,9%, 1,6% e 1,3%, respectivamente. Na contramão do risco, os investidores correm em direção ao ouro, o porto seguro dos momentos de pânico global. O metal registra alta de quase 1% no dia e seu preço no mercado futuro já se aproxima do valor recorde de US$ 1,6 mil a onça (padrão mundial).

O receio só vai se dissipar se o presidente Barack Obama conseguir convencer o Congresso a aumentar os limites de endividamento do País. Neste momento, Obama está na sala de imprensa as Casa Branca explicando as ações que os Estados Unidos precisam tomar para evitar o risco de calote em agosto. Com dívidas de US$ 14,3 trilhões, o presidente parece confiante que encontrará uma saída, embora pareça evasivo. “Nós vamos encontrar meios de resolver essa séria questão”, disse, agora há pouco, Obama. “Essa discussão teria que acontecer algum dia. E ela está sendo agora.”

Os Estados Unidos estão avançando para um calote sem precedentes em suas dívidas com o mercado. Na noite de ontem, terminou sem resultado prático uma reunião na Casa Branca entre o presidente Barack Obama, o vice Joe Binden e oito parlamentares do Congresso dos EUA, entre eles o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner. O governo quer passar a trabalhar sem o teto de US$ 14,9 trilhões de endividamento máximo – que será atingido em 2 de agosto. A partir dessa data, pelas regras atuais, a administração americana não disporá de mais recursos para saldar seus compromissos como, por exemplo, o resgate de títulos em poder de investidores do mundo inteiro. O Congresso, porém, não aceita liberar o governo do teto de endividamento sem obter, em troca, medidas para aumentar a arrecadação fiscal e cortar os gastos públicos. O máximo que a reunião da Casa Branca produziu foi a marcação de uma nova reunião, para hoje. “O presidente estava visivelmente frustrado”, disse um dos participantes ao jornal USA Today.

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A exigência dos parlamentares para ampliar o teto de endividamento dos EUA é a de um programa federal que aumente em US$ 1 trilhão a arrecadação e reduza em US$ 3 trilhões os gastos do governo. O problema é que as promessas neste sentido de Obama e Biden não estão convencendo os republicanos, que se recusam a liberar mais dinheiro para o governo enfrentar os compromissos já assumidos. O impasse, se permanecer, levará ao calote a partir de 2 de agosto.

A perspectiva do não pagamento de dívidas pelo governo da maior economia do mundo está elevando a tensão na alta cúpula da economia mundial. “Eu não posso imaginar por um segundo que os Estados Unidos possam dar um calote”, disse ao The Wall Street Journal a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. “Isso seria um verdadeiro choque e uma má notícia para a economia dos EUA". Para ela, o calote americano "certamente comprometeria a estabilidade" da economia global. "Espero que haja inteligência suficiente dos dois partidos e compreensão do desafio que está à frente dos Estados Unidos, mas também do resto do mundo", declarou.

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