Bolsas asiáticas caem com Japão, mas Europa sobe
Cresce a expectativa de apoio governamental (liquidez abundante) na Europa e EUA para evitar crise sistmica e nova recesso
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247 - As bolsas asiáticas não se sustentaram com a notícia de rebaixamento da dívida do Japão pela Moody’s, três semanas depois da redução da qualidade dos títulos dos Estados Unidos pela Standard & Poors. Com isso, já são dois os países ricos a sofrer rebaixamento, configurando que esta é uma crise de dívida soberana, ou seja, uma desconfiança generalizada sobre a qualidade da governança do bloco do outrora inatingível G-7.
As bolsas asiáticas fecharam em baixa. O Japão caiu 1,1% e Hong Kong deslizou 2,0%. Na Coréia do Sul, a perda foi de 1,2%, enquanto na China o sinal vermelho apontou -0,5%. As bolsas europeias não sentiram o impacto da redução da qualidade da dívida japonesa. A Bolsa de Londres operava em alta de 0,2% há instantes.
As bolsas de Frankfurt, Paris e Madri apresentavam avanço em torno de 1%. Como ontem, a marca do mercado é de desconfiança. O temor é a recessão e o aumento da capacidade dos países da zona do euro cumprir com suas obrigações perante investidores. Porém, os analistas começam a cristalizar a ideia de que o BC europeu vai comprar títulos dos países com problemas, principalmente Itália, Espanha, Portugal e Irlanda, para manter a liquidez do mercado.
Com isso, fica afastada a hipótese de uma crise sistêmica no sistema bancário. Nos Estados Unidos, o que se vê é uma repetição dos temores. Vai haver uma segunda recessão em três anos? O Fed vai liberar uma nova política de QE3 para inundar o mercado de dólares, evitando a recessão?
Segundo analistas, o Fed já está fazendo, injetando liquidez para evitar insolvência bancária. Ou seja, um QE3 não anunciado, mas realizado na prática no mercado aberto. Sexta-feira, o presidente o Fed, Ben Bernanke, fazer um pronunciamento cercado de muita expectativa na Conferência de Jackson Hole.
No Brasil, a Bovespa continua tentando acompanhar um novo ciclo de alta. Afinal, o país está na periferia da crise. Depende, porém, do comportamento do Dow Jones.
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