Bolsa toma tombo feio e fecha em - 1,98%

Ibovespa mergulhou com temores sobre desacelerao no Brasil e na economia americana; expectativa sobre reunio do Copom tambm influenciou baixa



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Marco Damiani e Márcio Kroehn, 247 _ Não deu para segurar. Com movimento de venda, de um lado, e incertezas que preencheram um leque que foi da expectativa do Copom aumentar juros à baixa recuperação da economia americana, o Ibovespa despencou 1,98% nesta segunda-feira 6, abrindo uma semana que promete ser bem difícil. Ao longo do dia, o resultado negativo já se anunciava, com perdas de 2,04% no meio da tarde (15h50). Com tamanha queda, porém, abriu-se espaço para compras, mas não o suficiente para levar o índice a alguma recuperação. Dificilmente, adiantou Brasil 247, "a ponto de fechar o dia no azul".

A instabilidade da bolsa brasileira está ligada a dois fatores: novos temores sobre a recuperação americana e expectativa com a reunião do Copom, que começa amanhã. Enquanto os EUA fazem contas sobre o mau desempenho da economia, que tem criado menos empregos do que o esperado, os brasileiros projetam o resultado da Taxa Selic. O mercado está dividido entre a manutenção dos juros básicos da economia, em 12%, e a alta de 0,25 pontos percentuais. Até quarta-feira, data do anúncio da decisão do Copom, o Ibovespa deve viver dias difíceis.

A queda de 1,05% às 14 horas levava boa parte das ações para a linha vermelha. Brookfield e JBS caíam mais de 3%. Brasil Ecodiesel e Telesp eram as duas únicas que ganhavam mais de 1% dentro do Ibovespa.

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MANHÃ - O Brasil voltou a ser um país atrativo ao dinheiro que circula o mundo à cata de oportunidades, depois que os números da inflação mostraram um processo gradativo de retorno ao centro da meta. Essa visão externa ajuda a Bolsa a recuperar os pontos perdidos desde o início do ano e dá mais confiança ao mercado, justamente num momento de anemia das economias avançadas. Hoje, o pregão paulista novamente se descola das bolsas internacionais e sobe. Na abertura, o Índice Bovespa chegou a subir 0,20%, mas não aguentou e trabalhava agora há pouco (10h40) em sinal negativo de 0,18%, aos 64.240 pontos. Nos EUA, Nova York também abriu em queda de 0,20%.

PRÉ-ABERTURA _ O mercado acionário global inicia a semana pessimista. Os motivos principais são a falta de solução para a crise da dívida européia e a anemia da economia americana. A Bolsa de Tóquio caiu 1,2%, influenciada também pelo desempenho das ações da Tepco, a companhia de energia que administra a Usina de Fukushima. Os papeis desabaram 28%, hoje, por conta das estimativas de prejuízo de 500 milhões de ienes.

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As principais bolsas da Ásia estiveram fechadas em razão de feriados na Coreia do Sul, China, Hong Kong e Taiwan. O clima negativo se instalou na Europa, com as principais bolsas abrindo a segunda-feira em queda de meio ponto porcentual. Foram os casos de Londres, Madri, Paris e Frankfurt.

Esse cenário irá prevalecer para o Brasil? Talvez não. Cada vez mais analistas começam a trabalhar com a perspectiva de uma recuperação do preço das ações até o final do ano. O motivo é que a principal fonte de preocupação, a inflação, começa a ser neutralizada pelos sinais de desaquecimento do consumo e os primeiros efeitos das medidas macroprudenciais por parte do Banco Central.

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A Bolsa pode continuar engatando o ritmo de recuperação observado semana passada. Os investidores estrangeiros, afinal, voltaram ao pregão paulista. As ações ligadas ao desempenho do consumo interno têm sido as preferidas. Começa a fazer sentido iniciar a montagem de uma carteira de ações visando o final do ano.

 

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