Bolsa: atenção ao dólar e à inflação

ndices de preos e novas medidas para conter a queda da moeda americana devem estar no radar dos investidores



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Lu Miranda_247 - Vazamento de radiação no Japão, tensão política na Líbia, crise financeira na Europa já não estão na pauta das maiores preocupações do mercado financeiro. Eventualmente, alguma situação isolada em algum país europeu vai exigir mais atenção, mas longe de causar um clima de aversão ao risco entre os investidores com a queda acentuada dos índices nas bolsas.

ATENÇÃO À CHINA – A grande nação asiática vai divulgar alguns dados durante a semana, sem data e horário previstos. Por isso, é bom ficar atento aos números chineses de reservas internacionais e novos empréstimos que podem ser anunciados a qualquer momento.

OLHO NO CÂMBIO - Aqui no Brasil, atenção redobrada ao câmbio. O dólar vem “derretendo” na linguagem usada no mercado financeiro. Ou seja, teve queda tão acentuada na última semana que ultrapassou a barreira de R$1,60, na menor cotação dos últimos 3 anos. O governo quer frear a todo custo o grande fluxo de dólar que entra no país, o que empurra o preço da moeda norte-americana para baixo. O ministro da fazenda, Guido Mantega, já anunciou várias medidas. Se há queda muito acentuada do dólar no dia ou se algum indicador veio mais desfavorável, o ministro promete anuncio de nova medida depois do fim dos negócios na bolsa. Já virou rotina, mas causa ansiedade no mercado, o que nem sempre é positivo. Tantas mudanças e nenhuma eficácia causam rebuliço na economia. Por isso, fique de olhos bem abertos com o câmbio.

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EMPRESAS PARA MONITORAR - Sempre bom ficar de olho nas notícias que envolvem a Vale. A mineradora antecipou o nome de Murilo Ferreira como substituto de Roger Agnelli na presidência. Com isso, acalmou ânimos mais exaltados com o suspense que durou semanas. A companhia encerrou a semana passada com a notícia de que quer o cobre da África para ser líder no mercado mundial do metal. Para isso, quer comprar a Metorex. Vamos esperar mais novidades da Vale.

Se você tem ações de bancos, não desligue do noticiário. Estes papéis caíram muito na última sexta-feira (8) com o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,5% para 3% nos empréstimos para pessoa física no Brasil. As ações são muito sensíveis nesta fase de descontrole do governo e do Banco Central sobre a inflação, que já acumula 6,3% nos últimos 12 meses. Como o IPCA está chegando ao teto da meta do governo (6,5%), poderá haver mais medidas surpresas pela frente. Nesta luta desesperada para conter a alta dos preços, as ações do setor de varejo também podem ser afetadas.

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No geral, é ficar ligado nas notícias de economia no exterior e acompanhar a agenda de indicadores da semana.

SEGUNDA-FEIRA (11) – Destaque apenas para indicadores da economia brasileira. Divulgação do IPC-FIPE com a variação de preços para o consumidor na cidade de São Paulo. Tem também o IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, que corrige contratos a exemplo dos aluguéis. Haverá a divulgação da balança comercial brasileira e do Boletim Focus, do Banco Central, com projeções de vários analistas de mercado para dólar, taxa Selic, PIB e outros dados importantes.

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TERÇA-FEIRA (12) – Muitos dados na Europa. Inflação na Alemanha e na Inglaterra entre outros. Nos Estados Unidos, a agenda é carregada com balança comercial e orçamento. Aqui no Brasil, vendas no varejo vão dar o grau de aquecimento no comércio.

QUARTA-FEIRA (13) – O dia prevê a divulgação da taxa de desemprego na Inglaterra e produção industrial na Europa. Estados Unidos têm agenda cheia: vendas no varejo, estoques e o Livro Bege, com informações da situação econômica dos 12 distritos do FED, o banco central americano.

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QUINTA-FEIRA (14) – Os Estados Unidos divulgam os pedidos de auxílio desemprego e a inflação ao produtor, mas o destaque está com os dados da China que sempre mexem muito com os negócios do dia. Serão anunciados vendas no varejo, PIB (Produto Interno Bruto), inflação, inflação ao produtor e produção industrial.

SEXTA-FEIRA (15) – Europa apresenta inflação e balança comercial. No Brasil, tem o IGP-10. Mas os dados dos Estados Unidos devem centralizar atenções. Os principais são inflação, produção industrial e índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan.

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