Bolsa abre manhã de forma gloriosa
Alta de 1,51% eleva Ibovespa para 1,51%
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - A Bovespa abriu o pregão de forma gloriosa, com alta forte, em resposta à queda de meio ponto porcentual na taxa Selic. Em poucos minutos, o Ibovespa exibia valorização de 1,51%, aos 57.374 pontos. Os indícios são de um dia positivo, se nada lá fora estragar o clima. O pilar dessa recuperação é a decisão do Copom de iniciar um processo de afrouxamento monetário, estimulando a economia e a receita das empresas.
Como a Bovespa vai abrir o pregão de hoje, no day-after da queda da Selic de 12,5% par 12,0%, ontem, pelo Copom? A queda dos juros não é pontual, aponta para o início de um ciclo, que pretende levar a taxa Selic para nível de país desenvolvido. Isso quer dizer que, pela lógica dos livros, será um dia de alta das cotações das ações, que poderá marcar o início de um rali de recuperação.
O problema é que a decisão do Copom gerou uma saraivada de comentários negativos por parte dos analistas. Alguns chegaram a classificar a decisão como ‘chocante’. Na visão dos economistas, não havia condições de redução da taxa Selic em função da ainda presente pressão inflacionária. A justificativa do governo é que houve uma série de decisões na área fiscal que serviria de compensação para o corte nos juros.
Pode ser que funcione, mas incomoda o mercado o fato de o BC ter adotado essa redução um dia após a presidente Dilma revelar sua opinião sobre a importância de uma queda na taxa, como forma de permitir uma reação da economia brasileira ante a crise internacional. Foi considerada uma pressão política à independência do Banco Central, que cedeu.
Para esses economistas, representou um arranhão à credibilidade do BC. O mercado defende um relacionamento de transparência e previsibilidade com o BC. Ou seja, o mercado quer acertar todas as vezes. Não gosta de surpresas. Uma outra forma de ver essa situação é a seguinte: o mercado quer que o BC atue de acordo com as expectativas deles.
Se essa visão prevalecer, o clima vai ficar ruim, pois os investidores vão vender ações por conta da inconsistência da política econômica e do sentimento de que as coisas não vão dar certo. Ou pode predominar a ideia de que com juros em queda e contas fiscais controladas, as empresas podem continuar tendo lucros e mantendo um bom resultado à frente. Ou seja, vale a pena comprar ações agora, antes que elas se valorizem mais.
No mercado internacional, o clima é de mais do mesmo, com as bolsas asiáticas no zero a zero, em sua maioria. Em Tóquio, a bolsa subiu 1,2% e é destaque. Nas demais, nada muito expressivo. Em Hong Kong, a bolsa subiu 0,3% e em Sangai a queda foi de 0,4%. Na zona do euro, as bolsas realizam lucros. Londres caía 0,4%, enquanto Paris perdia 1,1%, com Frankfurt escorregando 1,7%. Os futuros Nasdaq e S&P 500 também operavam em queda
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247