Banco do Brasil made in USA
BB compra uma pequena instituio financeira nos EUA para atender a parcela de residentes latinos nos Estados Unidos. Aes do banco reagem mal
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247_Faz tempo que os bancos brasileiros ameaçam colocar os pésna área de varejo dos Estados Unidos. Porém, o receio do passo em falso somado ao fato do mercado local ser altamente lucrativo tornava esse movimento vagaroso ao extremo. O Banco do Brasil quebrouessa monotonia internacional e anunciouna segunda-feira 25 a compra do Eurobankpor US$ 6 milhões,três semanas depois de adquirir o argentino Banco da Patagônia. É verdade que essa é uma modesta instituição financeira americana, com patrimônio líquido de US$ 5,5 milhões, carteira de crédito de pouco menos de US$ 75 milhões e apenas três agências. Ainda mais se comparado ao BB, um colosso financeiro com patrimônio líquido superior a R$ 50 bilhões e carteira de crédito de quase R$ 400 bilhões. Mas a aquisição tem um simbolismo de exploração do mercado made in USA que não pode ser ignorado.
O Banco do Brasil escolheu uma região altamente confortável para iniciar sua viagem internacional em busca de clientes pessoa física nos EUA. A Flórida, onde fica a sede do Eurobank, é o destino preferido de milhares debrasileiros anualmente, principalmente Miami e Orlando, onde ficam os parques da Disney World. Além disso, a força da comunidade latina pode ser um importante termômetro para os planos do banco brasileiro. “A receita do novo banco acrescenta pouco aos números do Banco do Brasil, mas essa aquisição pode ser o início de uma estratégia para sentir o potencial do mercado americano”, diz Clodoir Vieira, economista-chefe da Corretora Souza Barros.Coincidência ou não, o BB anuncia sua entrada no varejo americano poucos dias após os representantes dos parques temáticos anunciarem que o País deverá estar no EpcotInternationalFoodandWine Festival, um espaço que divulga a cultura e as tradições de sete nações, como China, França, México e Alemanha.
A ação do BBmanteve-se em queda de quase 1% na bolsa brasileira durante todo o pregão, praticamente o dobro de seus principais concorrentes Itaú Unibanco e Bradesco. Mas, segundo analistas, a baixa não representava qualquer desconfiança com a aquisição do Eurobank. Os papéis dos bancos nacionais ficaram em baixa durante toda a segunda-feira 25 pelo receio dos investidores com o futuro da economia. Foi o que o mercado chama de ajuste das expectativas no primeiro dia de negócios após a decisão do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, que elevou a Taxa Selic em 0,25 ponto percentual para 12% ao ano na última quarta-feira (20). O BC sinalizou um período prolongado de aperto monetário para conter a inflação. Mau sinal para as instituições financeiras.
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