Banco Central reduz taxa Selic para 11% ao ano

O corte de 0,5 ponto porcentual foi elogiado pela Confederao Nacional da Indstria (CNI), mas Fiesp e Abimaq acham que reduo poderia ter sido maior

Banco Central reduz taxa Selic para 11% ao ano
Banco Central reduz taxa Selic para 11% ao ano (Foto: Shutterstock)


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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu hoje, por unanimidade, cortar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual para 11% ao ano. Com isso, manteve o ritmo de queda do juro básico da economia iniciado em agosto, quando a taxa havia sido reduzida em 0,5 ponto porcentual.

A decisão de hoje ficou em linha com a previsão da maior parte dos analistas financeiros. De acordo com levantamento do AE Projeções, serviço da Agência Estado, de 71 instituições financeiras consultadas, 70 esperavam uma queda de 0,5 ponto porcentual, e uma apostava em corte de 1 ponto porcentual.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 17 e 18 de janeiro. A ata da reunião de hoje será divulgada pelo BC na quinta-feira da próxima semana, dia 8 de dezembro.

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Elogios

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que a "a decisão de reduzir mais uma vez a taxa Selic, em 0,50 ponto porcentual, é correta e evidencia a preocupação do Comitê de Política Monetária (Copom) com a retração já em curso da atividade econômica no País".

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De acordo com a Confederação, "não há mais dúvida de que a economia brasileira já sofre os efeitos de uma nova fase da crise internacional". E, portanto, defende a Confederação, "a prioridade, agora, deve ser mitigar seus impactos no Brasil".

Para a CNI, ao antecipar-se à nova fase da crise, o Copom adotou postura diferente da mostrada na crise de 2008, quando foi tímido. Na opinião da CNI, a continuidade da política de redução de juros é fundamental para amenizar a desaceleração da produção industrial, setor mais afetado pela crise.

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A CNI considera que essa redução "não traz riscos imediatos à inflação, uma vez que os dados recentes mostram desaceleração da taxa inflacionária, principalmente em função dos preços dos alimentos". Esse cenário, prevê a CNI, deve manter o IPCA próximo ao limite superior da meta do ano.

Críticas

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Em nota conjunta, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC defenderam um corte maior na taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 11% ao ano. Recentemente, as entidades patronais e de trabalhadores se uniram em um movimento para pressionar o governo por juros mais baixos.

"A situação é grave e não há pressão inflacionária, e concordamos que o Copom deveria ter feito um corte mais agressivo na taxa de juros, para afastar de vez o risco de redução da produção e do emprego", afirma a nota, assinada pelos presidentes das entidades, Paulo Skaf (Fiesp), Luiz Aubert Neto (Abimaq), Miguel Torres (Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo) e Sérgio Nobre (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC).

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Na nota, as entidades enfatizam que os dados mais recentes da economia brasileira indicam queda na atividade industrial e no comércio varejista e desaquecimento no mercado de trabalho e no crédito. "É importante frisar que a redução da taxa de juros implicará economia adicional para os cofres públicos. Cada ponto porcentual da taxa Selic equivale a R$ 17 bilhões em gastos públicos adicionais", diz o texto. "Além disso, os altos juros encarecem nossos produtos e levam parte da renda de nossos consumidores."

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