Banco Central precisa reconhecer os esforços do governo e reduzir os juros, diz Haddad
"Penso que há um consenso em relação à trajetória próxima das taxas de juros, acho que ficou claro que nós estamos no caminho certo", disse o ministro da Fazenda
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Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que a ata da última reunião de política monetária do Banco Central mostra que o governo está no "caminho certo", com a "harmonização" entre as políticas fiscal e monetária podendo acontecer em breve.
"O Brasil está com uma trajetória fiscal sustentável e, portanto, a harmonização da política fiscal e monetária, que é algo que eu defendo desde dezembro, acredito que possa acontecer brevemente", disse Haddad a jornalistas em Brasília.
O ministro disse ainda que a sinalização pelo BC de que os esforços fiscais do governo ofereceram resultados é "o mais importante" da ata do BC. Nesse contexto, "penso que há um consenso em relação à trajetória próxima das taxas de juros, acho que ficou claro que nós estamos no caminho certo", afirmou ele.
Nesta manhã, operadores precificavam chances de quase 100% de o Banco Central cortar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual em agosto, de acordo com probabilidades implícitas em contratos de juros futuros.
Haddad defendeu que, diante da desaceleração do crédito no Brasil, do arrefecimento da inflação e da convergência das expectativas de altas dos preços para mais perto das metas, é necessário o Banco Central "reconhecer" os esforços do governo para tentar viabilizar um corte dos juros.
Mais cedo, o BC disse na ata que a maioria dos membros do Comitê de Política Monetária vê a possibilidade de iniciar um afrouxamento monetário "parcimonioso" na próxima reunião, em agosto, desde que um cenário de inflação mais benigno se consolide.
A autarquia não havia citado intenção de afrouxar a política monetária em agosto no comunicado que acompanhou a decisão da semana passada de deixar a Selic inalterada em 13,75%. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado esse nível de juros há meses, pedindo que o BC flexibilize sua postura de forma a não prejudicar o crescimento econômico e a oferta de crédito.
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