Banco Central precisa reconhecer os esforços do governo e reduzir os juros, diz Haddad

"Penso que há um consenso em relação à trajetória próxima das taxas de juros, acho que ficou claro que nós estamos no caminho certo", disse o ministro da Fazenda

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que a ata da última reunião de política monetária do Banco Central mostra que o governo está no "caminho certo", com a "harmonização" entre as políticas fiscal e monetária podendo acontecer em breve.

"O Brasil está com uma trajetória fiscal sustentável e, portanto, a harmonização da política fiscal e monetária, que é algo que eu defendo desde dezembro, acredito que possa acontecer brevemente", disse Haddad a jornalistas em Brasília.

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O ministro disse ainda que a sinalização pelo BC de que os esforços fiscais do governo ofereceram resultados é "o mais importante" da ata do BC. Nesse contexto, "penso que há um consenso em relação à trajetória próxima das taxas de juros, acho que ficou claro que nós estamos no caminho certo", afirmou ele.

Nesta manhã, operadores precificavam chances de quase 100% de o Banco Central cortar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual em agosto, de acordo com probabilidades implícitas em contratos de juros futuros.

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Haddad defendeu que, diante da desaceleração do crédito no Brasil, do arrefecimento da inflação e da convergência das expectativas de altas dos preços para mais perto das metas, é necessário o Banco Central "reconhecer" os esforços do governo para tentar viabilizar um corte dos juros.

Mais cedo, o BC disse na ata que a maioria dos membros do Comitê de Política Monetária vê a possibilidade de iniciar um afrouxamento monetário "parcimonioso" na próxima reunião, em agosto, desde que um cenário de inflação mais benigno se consolide.

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A autarquia não havia citado intenção de afrouxar a política monetária em agosto no comunicado que acompanhou a decisão da semana passada de deixar a Selic inalterada em 13,75%. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem criticado esse nível de juros há meses, pedindo que o BC flexibilize sua postura de forma a não prejudicar o crescimento econômico e a oferta de crédito.

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