Banco Central já poderia iniciar uma redução dos juros, diz Haddad

"O esforço que foi feito nesses quatro meses e os indicadores nos dariam a segurança de começar um ciclo de queda da Selic. Esta é a minha opinião", disse o ministro da Fazenda

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Reuters/Agustin Marcarian | Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Banco Central (BC) já poderia ter dado início a uma “recalibragem” da taxa básica de juros (Selic) em função das perspectivas de que a inflação recuará nos próximos meses. “Honestamente, eu acho que nós já poderíamos iniciar a recalibragem da taxa de juros. A projeção de inflação para o ano que vem está moderada”, disse Haddad nesta sexta-feira (5) em entrevista à Rádio CBN. 

Ainda segundo o ministro, “o esforço que foi feito nesses quatro meses e os indicadores nos dariam a segurança de começar um ciclo de queda da Selic. Esta é a minha opinião. Agora, eu respeito o BC, respeito à institucionalidade. O BC tem autonomia para decidir qual será a taxa de juros”.

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A crítica de Haddad foi feita dois dias após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. É a maior taxa de juros real do mundo. 

Na entrevista, o ministro também disse que as discussões sobre o novo arcabouço fiscal, que deve substituir o teto de gastos, junto ao Congresso Nacional estão ganhando uma “maturidade muito grande”. 

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“Os presidentes das duas Casas estão separando o que é assunto de governo do que é assunto de Estado, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária. A maturidade tem sido muito grande em tratar como uma questão que não pode entrar no varejo das negociações do Congresso”, afirmou.

“Se o Congresso não comprar a agenda, se o STF [Supremo Tribunal Federal] não comprar a agenda, essa agenda não se realiza. A indicação que temos é que o Congresso e o STF compraram a agenda. Demonstraram que estão abertos a discutir um pacto fiscal para a sustentabilidade das contas públicas”,  observou mais à frente. 

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