Bancários reagem contra 2.496 demissões no Itaú

Trabalhadores protestam no centro do Rio; presidente do Ita Unibanco, Roberto Setbal anunciou em entrevista que banco quer cortar R$ 3 bilhes em despesas at o fim de 2012; fechada agncia na Secretaria da Fazenda; rumores apontam para mais cortes no interior do Estado

Bancários reagem contra 2.496 demissões no Itaú
Bancários reagem contra 2.496 demissões no Itaú (Foto: Reprodução)


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247 – Foi, sem dúvida, uma entrevista premonitória. Esta semana, ao jornal Valor Econômico, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, anunciou que a instituição pretende cortar despesas equivalentes a R$ 3 bilhões, até o final de 2012. Dois depois da publicação da entrevista, o Itaú Unibanco realizou, nesta sexta-feira 9, cortes entre os funcionários que trabalhavam na agência do banco na Secretaria da Fazenda do Estado do Rio, completando um total de 2.496 demissões ao longo de 2011. A agência da instituição na Secretaria deve ser fechada. Rumores dão conta de que o Itaú também pretende fechar suas duas agências no município de Friburgo e promover mais cortes no interior do Estado.

Em protesto, centenas de bancários ocupam desde a manhã desta sexta a frente da agência do Itaú na avenida Rio Branco, buscando promover uma greve relâmpago ali, impedir a entrada de clientes e dar repercussão para as demissões. O Sindicato dos Bancários e a CUT apoiaram a manifestação.

Um dos prováveis motivos para os cortes que estão sendo feitos no Itaú parece ser a perda para o Bradesco, no início do ano, da licitação pelo direito às contas salário dos funcionários públicos estaduais. Derrotado, o Itaú estaria, simplesmente, reduzindo sua presença no Rio, em lugar de buscar encontrar alternativas para recuperar o espaço perdido no mercado regional.

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Estudo do Dieese mostra que, entre os bancos, o Itaú é o campeão nacional de demissões em 2011, com os 2.496 cortes completados agora. O Santander aparece na segunda posição, com 1,5 mil demissões realizadas. O Bradesco, ao contrário, exibe um saldo de 600 contratações. No exterior, como forma alegada de enfrentar a crise financeira global, o Citibank anunciou cortes, para os próximos anos, de um total de 4,5 mil funcionários, o que ajuda a dimensionar a expressão do enxugamento de pessoal feito aqui pelo Itaú de Roberto Setúbal. “Nosso foco, agora, é eficiência”, disse ele na mesma entrevista em que anunciou a realização de R$ 3 bi em economia interna. O que não se esperava é que essa faxina se desse, especialmente, em cima do emprego dos bancários do Rio.

Segundo a diretora do Sindicato Adriana Nalesso, caso não seja interrompido o processo de demissões, os bancários vão intensificar ainda mais as mobilizações, podendo entrar em greve. Ela aponta distorções no relacionamento entre o banco e seus empregados. O caso mais grave é o dos gerentes operacionais colocados para trabalhar como caixas.

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