Bahia é a nova fronteira minerária do Brasil
Estadoultrapassa Minas Geraise se torna lder nos pedidos de requerimentos de pesquisa
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Luciana Rebouças_Bahia 247 - A Bahia já é considerada a nova fronteira minerária do país. E a posição se confirma com números: o Estado lidera os requerimentos de protocolos até maio deste ano, passando à frente de Minas Gerais. São 2.109 requerimentos baianos contra 1.957 protocolos registrados em Minas. É consenso entre empresas e especialistas que a Bahia tem papel importante no boom da mineração que ocorre nacionalmente.
Segundo Rafael Avena, diretor técnico da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), nosso Estado é atualmente o 5º maior produtor mineral do Brasil, devendo, em curto prazo, alcançar a 4ª posição com a entrada dos novos empreendimentos previstos para 2012/2013. "A Bahia é o maior produtor de urânio, cromo, barita, magnesita, talco e salgema; o segundo em cobre, bentonita e, a partir de 2012, em níquel; o terceiro em ouro; além de (ter produção expressiva em) diversos outros bens minerais produzidos por mais de 350 empresas, em mais de 100 municípios".
Os estudos geológicos já avançados no território baiano também melhoram as perspectivas futuras, segundo Avena, para quem a Bahia é "o estado brasileiro mais bem estudado geologicamente falando". O especialista explica que isso atrai investimentos na área da mineração. "Diversos empreendimentos estão previstos para serem implantados, destacando-se os ligados ao ferro, ao ouro, ao vanádio, a gipsita (gesso) etc", acrescenta Avena. Para o diretor, o Estado se sobressai em relação aos outros produtores pela diversidade de substâncias aqui encontradas - na Bahia, 35 diferentes substâncias são produzidas.
Embora faltem dados concretos, a previsão de investimentos para os próximos anos é alta. "Estimam-se investimentos superiores a R$10 bilhões para os próximos anos. A CBPM investe anualmente cerca de R$ 10,92 milhões em suas pesquisas", completou Avena.
Levantamento
A Bahia tem atualmente cerca de 60% do seu território levantado em termos de aerogeofísica. Este ano, a CBPM está concluindo, junto com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), mais dois levantamentos, incluindo um no oeste do Estado. "Acredito que até o final de 2014 todo o estado estará coberto por levantamentos aerogeofísicos", comemora.
No âmbito nacional, o boom da mineração também é significativo. Segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em um ano foram protocolados 11.257 requerimentos de pesquisa, licença, lavra garimpeira e extração de minérios, um aumento de 43,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
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