Ata do Copom veio em tom mais ameno e indicou perspectivas de harmonização com o governo, diz Haddad

Ministro da Fazenda comentou o documento divulgado nesta terça-feira (28)

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou criticar a ata do Copom, que, em sua avaliação, possui um tom mais ameno que o comunicado divulgado na semana passada. A ata justifica a manutenção da taxa básica de juros em 13,75%, mas indica uma possível harmonização com os planos fiscais do governo Lula. 

O documento, divulgado nesta terça-feira (28), lista uma série de fatores, entre eles o deterioramento das condições econômicas globais e previsões de inflação, e considera que a desaceleração da economia é necessária no momento. No entanto, a ata diz que "a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno através de seu efeito no canal de expectativas".

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Falando a jornalistas, o ministro destacou que a ata indicou "perspectivas futuras de harmonização da política fiscal com a política monetária", conforme o Correio Braziliense. O arcabouço fiscal deve ser apresentado nesta semana após uma reunião conclusiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevista para quarta-feira (29).

Haddad disse que busca fazer a parte que lhe cabe, tentando reduzir a evasão fiscal, fazendo um “combate forte à sonegação” e revendo algumas desonerações que, do ponto de vista dele, “não se justificam mais”. 

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O ministro destacou ainda que trabalha para o governo ter um Orçamento “condizente com aquilo que o eleitorado aprovou nas eleições de 2022”, garantindo que não houvesse cortes nos benefícios sociais, sobretudo à população que, hoje, mais conta com o apoio governamental “para, no pós-pandemia, reorganizar sua vida”. “E, ao mesmo tempo, que nós venhamos a ter contas equilibradas a partir de um conjunto de situações que não se justificam mais. E é isso que nós vamos fazer”, afirmou.

Também se comprometeu em lançar novas medidas para ajudar o BC no trabalho de conter a inflação. 

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“Nós vamos fazer. O Banco Central também tem que nos ajudar. É um organismo que tem dois braços, um ajudando o outro. Eu sempre insisto nesta tese, porque dá a impressão de que um é espectador do outro. E não é assim que a política econômica tem que funcionar. São dos dois lados ativos, concorrendo para o mesmo propósito, o mesmo mesmo objetivo, que é garantir crescimento com baixa inflação. E isso só é possível pela harmonização da política fiscal com a monetária”, afirmou.

De acordo com Haddad, o governo conseguirá atingir seu objetivo que é, depois de 10 anos, “voltar a crescer de maneira sustentável”. “Este é o desejo do presidente”, finalizou. 

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O embate sobre a taxa de juros é o principal ponto de atrito entre o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Banco Central, comandado pelo bolsonarista Roberto Campos Neto. A cúpula petista considera o patamar atual incompatível com a necessidade urgente de crescimento do País.

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