Armas versus saúde: o dilema americano

Na reta final para evitar o calote dos Estados Unidos, duas vises de mundo entraram em choque neste domingo: os republicanos tentaram evitar o corte de gastos militares e os democratas buscaram proteger a rea social. Quem vence?



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247 – Depois de dois dias de intermináveis debates no Congresso, os Estados Unidos ainda não haviam chegado a um consenso sobre como solucionar o maior impasse econômico da história do país. Às vésperas de uma moratória, que abalaria a imagem da nação mais rica do mundo e a própria economia mundial, republicanos e democratas ainda não haviam concordado sobre como elevar o teto da dívida dos Estados Unidos – fixado em US$ 14,3 trilhões – e também sobre como cortar as despesas públicas para compensar o aumento do endividamento.

Os debates, no entanto, foram pedagógicos. Mostraram ao mundo que o império americano já não é mais o mesmo. E a grande discussão no Capitólio, no início da noite deste domingo, dizia respeito ao papel que os Estados Unidos terão no mundo a partir de agora. Nos próximos dez anos, serão cortados pelo menos U$S 2,5 trilhões. Grande parte desse ajuste virá do orçamento militar. E os norte-americanos, que gastam mais com armas do que todas as outras nações do mundo, somadas, talvez não possam mais continuar a ser o “policial” do mundo – o que traria repercussões diretas em regiões como o Oriente Médio, por exemplo.

Os republicanos, que lançaram os Estados Unidos em duas guerras na última década, a do Iraque e a do Afeganistão, que custaram mais de US$ 4 trilhões ao país, resistiam aos cortes militares. E os democratas, por sua vez, tentavam proteger programas sociais como o Medicare, que presta assistência médica à população mais carente. No fim, ficou acertado que os cortes do Medicare não podem representar mais do 3% da redução dos gastos não militares.

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Possível votação

Ainda na noite deste domingo, era possível que houvesse uma votação da proposta do líder da maioria democrata, Harry Reid. Ela garantiria o aumento do teto da dívida e obrigaria o Congresso a definir cortes próximos a U$S 3 trilhões até o feriado de Ação de Graças, que acontece em novembro, nos Estados Unidos. E o presidente Barack Obama garantiria, assim, um aumento da dívida até 2013. O grande veto dos democratas dizia respeito a um acordo de curto prazo, que obrigaria a uma nova discussão em 2012, ano em que Obama tentará sua reeleição.

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