Após rombo na Caixa vir à tona, presidente do banco se pronuncia: “apesar da gestão anterior, continua sólida”

A presidente do banco CAIXA, Rita Serrano, fez uma postagem em suas redes sociais nesta terça-feira (30) explicando qual é o atual quadro do banco

Rita Serrano, Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro
Rita Serrano, Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil | Isac Nóbrega/PR)


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247 - A presidente do banco CAIXA, Rita Serrano, fez uma postagem em suas redes sociais nesta terça-feira (30)  explicando qual é o atual quadro do banco após vir á tona que Jair Bolsonaro usou verbas da instituição para promover programas de empréstimo em plena campanha eleitoral, causando um rombo nas contas.   

Ela ressalta que logo após assumir o cargo , “deparei-me com os desafios decorrentes das iniciativas adotadas pela gestão anterior, especialmente os programas Consignado do Auxílio Emergencial e de Microfinanças, implementados durante o governo Bolsonaro. Desde o meu tempo como conselheira de administração, manifestei preocupação em relação a essas medidas, e as questionei por considerá-las contestáveis, implementadas às vésperas das eleições de 2022 e com um apelo excessivo ao endividamento da população vulnerável”.

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“Diante dessa situação, tomei a decisão de paralisar por completo as operações desses programas. O Consignado do Auxílio Emergencial alcançou a expressiva marca de R$ 7,6 bilhões para 2,97 milhões de clientes apenas na CAIXA, sem contar os demais agentes financeiros. Já o programa de Microfinanças envolveu mais de R$ 3 bilhões e atendeu a 3,86 milhões de clientes. Atualmente, a inadimplência do Consignado do Auxílio Emergencial ainda se mantém sob controle, visto que os pagamentos são descontados na fonte. No entanto, a inadimplência do programa de Microfinanças ultrapassou 80%, e a maior parte das perdas será coberta pelo FGM (Fundo Garantidor de Microfinanças), aprovado pela Lei 14.438/2022, que utilizará recursos do FGTS”, acrescenta. 

No entanto, Serrano assegura que a estatal está sob segurança. “Apesar desses desafios enfrentados, a CAIXA se mantém sólida, graças principalmente à dedicação e comprometimento de nosso corpo funcional. Mesmo diante de pressões e ameaças, nossos empregados e empregadas permaneceram firmes, lutando para preservar a natureza pública e sustentável do banco”. 

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Leia a íntegra do comunicado: 

Venho aqui compartilhar importantes informações sobre a atual situação do banco e reafirmar nosso compromisso renovado com a sociedade brasileira e com a reconstrução do país.  Ao assumir a presidência, deparei-me com os desafios decorrentes das iniciativas adotadas pela gestão anterior, especialmente os programas Consignado do Auxílio Emergencial e de Microfinanças, implementados durante o governo Bolsonaro.

 Desde o meu tempo como conselheira de administração, manifestei preocupação em relação a essas medidas, e as questionei por considerá-las contestáveis, implementadas às vésperas das eleições de 2022 e com um apelo excessivo ao endividamento da população vulnerável.  Diante dessa situação, tomei a decisão de paralisar por completo as operações desses programas. 

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O Consignado do Auxílio Emergencial alcançou a expressiva marca de R$ 7,6 bilhões para 2,97 milhões de clientes apenas na CAIXA, sem contar os demais agentes financeiros. Já o programa de Microfinanças envolveu mais de R$ 3 bilhões e atendeu a 3,86 milhões de clientes.  Atualmente, a inadimplência do Consignado do Auxílio Emergencial ainda se mantém sob controle, visto que os pagamentos são descontados na fonte. No entanto, a inadimplência do programa de Microfinanças ultrapassou 80%, e a maior parte das perdas será coberta pelo FGM (Fundo Garantidor de Microfinanças), aprovado pela Lei 14.438/2022, que utilizará recursos do FGTS.  Tanto o Consignado do Auxílio Emergencial quanto o programa de Microfinanças estão sendo investigados pelos órgãos de controle, fiscalização e pela auditoria interna. 

A CAIXA tem colaborado plenamente, fornecendo todas as informações solicitadas, demonstrando nosso compromisso com a transparência e a prestação de contas.  Infelizmente, a falta de cumprimento do planejamento orçamentário do banco, devido a ações casuísticas, aliada à instabilidade na gestão causada pelas denúncias de assédio contra o principal dirigente da instituição, resultou em consequências para a manutenção das linhas de crédito da CAIXA, as quais sofreram oscilações no segundo semestre de 2022.  

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Apesar desses desafios enfrentados, a CAIXA se mantém sólida, graças principalmente à dedicação e comprometimento de nosso corpo funcional. Mesmo diante de pressões e ameaças, nossos empregados e empregadas permaneceram firmes, lutando para preservar a natureza pública e sustentável do banco.  

Seguimos empenhados em construir uma nova CAIXA para um novo Brasil, fortalecendo a governança interna e a transparência em todas as nossas ações. Temos plena consciência do papel fundamental que o banco desempenha no desenvolvimento e na reconstrução do país e reafirmamos nosso compromisso em atender às demandas da sociedade.

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