Após calote em 16 mil credores, Lemann, Sicupira e Telles acusam bancos de reduzir caixa da Americanas

"A situação, que já era gravíssima, piorou", disse a empresa ao Judiciário

Da esq.: para a dir.: Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles
Da esq.: para a dir.: Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Divulgação | Reuters)


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247 - A defesa das Lojas Americanas pediu à Justiça que BV, Bradesco, Itaú e Safra sejam obrigados a devolver cerca de R$ 822 milhões retidos. A varejista afirmou ter apenas cerca de R$ 250 milhões em caixa para fazer pagamentos e pediu recuperação judicial por dívidas de R$ 43 bilhões distribuídas a 16 mil credores. Juntos, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira possuem 31% da companhia, mas deram o calote e não aceitaram colocar dinheiro na empresa na crise financeira. 

"A situação, que já era gravíssima, piorou", disse a peça enviada ao Judiciário, conforme reportagem publicada nesta quinta-feira (19) pelo jornal O Estado de S.Paulo. "De forma ilícita, arbitrária e ilegítima, o Safra, o Bradesco e o Itaú também promoveram resgates e bloqueios indevidos no caixa do Grupo Americanas", afirmou. "A situação do Grupo Americanas tem se agravado a cada dia, o que coloca em risco grave a continuidade das operações e, consequentemente, sua sobrevivência".

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De acordo com a defesa da companhia, o Bradesco teria bloqueado R$ 474,1 milhões, o BV, R$ 206,9 milhões, o Safra, R$ 95 milhões, e o Itaú, R$ 45,6  milhões. As Lojas Americanas disseram não haver decisões judiciais que permitam aos bancos fazer o bloqueio de dinheiro. 

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No último dia 11, veio a público o rombo de R$ 20 bilhões na companhia. A empresa admitiu que as dívidas podem chegar a R$ 43 bilhões. A fraude contábil das Americanas serviu para enriquecer os três bilionários. 

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Em janeiro de 2022, Lemann, Telles e Sicupira receberam parte dos dividendos de R$ 550,6 milhões distribuídos pela empresa sobre lucros que forjados por meio da maquiagem nos balanços da companhia.

Bancos perderam R$ 47 bilhões em valor de mercado, segundo dados da TradeMap divulgados na última segunda-feira (16). De acordo com os números, a instituição que sofreu a maior perda foi o BTG Pactual, com uma queda de R$ 22 bilhões.

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