André Esteves defende corte de 0,5 ponto na Selic pelo Banco Central em agosto

Presidente do BTG Pactual argumenta que uma redução mais expressiva é necessária diante da desinflação gradual da economia

(Foto: Reuters)


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247 - O presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves, destacou nesta quarta-feira (28) a postura, segundo ele correta, do Banco Central de adotar sinais de comedimento nos futuros cortes da taxa de juros. Segundo Esteves, essa abordagem visa evitar que o mercado saia do controle, considerando o processo gradual de desinflação da economia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No entanto, para Esteves, o Banco Central poderia adotar um ritmo mais acelerado de redução da Selic. "É natural, portanto, que o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa de juros e, considerando que ela está em um nível muito alto, acredito que não deveríamos adotar cortes tão graduais, preferindo uma redução de 0,5 ponto percentual em vez de 0,25 ponto percentual", afirmou Esteves. Ele afirmou que a decisão final cabe ao BC, levando em consideração as variáveis. 

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Esteves também enfatizou que os próximos movimentos relacionados aos juros devem estar alinhados com o desempenho dos indicadores. “Talvez o nível final possa ser alguma coisa abaixo de 9% lá na frente, mas essa é uma discussão para acontecer no tempo. Agora, o ritmo pode ser mais acelerado se a atividade de fato desacelerar e se as economias centrais, notadamente os Estados Unidos, começarem uma trajetória de queda de juro. Acho que nossa trajetória pode ser mais rápida em relação ao que está precificado”, destacou.

De acordo com Esteves, o cenário global será diferente do vivido na última década, e alguns países, incluindo o Brasil, deverão conviver com taxas de juros mais altas. Ele destaca que, especificamente no que diz respeito à preservação, os bancos centrais adotarão movimentos mais lentos de convergência em direção às metas, a fim de evitar excessos.

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“Além das taxas de juros mais elevadas, enfrentamos uma margem acima das metas, que gira em torno de 2% na Europa e cerca de 3% nos países emergentes, com os bancos centrais evitando custos excessivos para a sociedade”, afirmou Esteves.

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