Alstom anuncia investimentos no Brasil
Empresa francesa ter centro tecnolgico em Taubat, interior de So Paulo, e instala fbrica hoje em Camaari, na Bahia
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A francesa Alstom tem mostrado um interesse cada vez maior em investir no Brasil. Nesta terça-feira, a empresa anunciou a instalação de um centro tecnológico na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, onde fica a primeira fábrica da companhia no País, instalada há 55 anos. O anúncio foi feito pelo presidente mundial da empresa, Patrick Kron, durante encontro com a presidenta Dilma Rousseff nesta terça-feira. O centro, que receberá investimento de R$ 15 milhões, irá produzir turbinas para o mercado brasileiro e também para clientes da companhia na Ásia. A previsão é iniciar as atividades em 2012.
A cidade de Camaçari, na Bahia, recebe hoje outra instalação da Alstom, a oitava fábrica no País, onde serão fabricados equipamentos eólicos. De acordo com o presidente mundial, serão criados 150 empregos diretos e 500 indiretos. “À medida que o mercado crescer, vamos continuar investindo no Brasil. O número depende das oportunidades”, disse.
Em fevereiro, a gigante francesa assinou um contrato de R$ 1,1 bilhão com a Norte Energia do Brasil para fornecimento de equipamentos de energia para a usina de Belo Monte, terceira maior hidrelétrica do mundo, no rio Xingu, no Pará. A Alstom já forneceu produtos e serviços para Itaipu, Tucurui, Jirau e Santo Antonio.
Na década de 90, a Alstom foi acusada pelo governo suíço de ter pago, através de uma empresa panamenha, propinas de US$ 200 milhões no Brasil para obter a concessão da usina de Itá, num contrato de US$ 1,4 bilhão. Depois, em dois governos tucanos de São Paulo, mais propinas para fornecer equipamentos para o Metrô e hidrelétricas (mais de US$ 10 milhões).
Ainda no começo do ano, os petistas da Assembleia Legislativa de São Paulo diziam ter material para detonar até integrantes do atual governo paulista. No caso da Alstom, há provas contra a Siemens, supostamente aliada e sob investigação lá fora por pagamentos suspeitos de US$ 2 bilhões em vários países. Na lista dos alvos, estava também José Luiz Alquéres, ex-presidente da Alstom no Brasil.
Com informações da Agência IN e do portal Panorama Mercantil
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