Alexandre Silveira diz que fica no cargo e provoca: "só não estou mais entrosado com Lula do que a Janja"

Ministro de Minas e Energia foi criticado por indicar para o Ministério e o conselho da Petrobrás nomes considerados "entreguistas" e "privatistas"

(Foto: ABR)


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247 – O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou estar alinhado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após ser criticado por indicar para o ministério e para o conselho da Petrobrás nomes considerados "entreguistas" e "privatistas".  "Tudo isso é especulação. Eu só não estou mais entrosado com o Lula do que a Janja", disse ele, segundo relato da jornalista Malu Gaspar, no Globo. "Desde que aterrissou na companhia, na segunda-feira (27), a lista de oito indicados para o conselho foi atacada no petismo. Interlocutores de Lula no partido e em seu entorno passaram a dizer que Silveira incluiu no grupo pessoas que não teriam sido aprovadas por Lula. A tensão aumentou depois que o Planalto mandou trocar um dos indicados, o engenheiro da Petrobras e ex-secretário de Energia do Rio de Janeiro Wagner Victer, pelo economista Bruno Moretti, da Unicamp e do PT. Além disso, o governo pediu à Petrobras para adiar a data da assembleia de acionistas, que estava prevista para o dia 7 de abril, porque cogitava trocar mais pessoas", relata a jornalista.

"Silveira, porém, afirma que todos os nomes foram decididos em comum acordo, em uma reunião em que estavam Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates", acrescenta a jornalista. "Segundo ele, todos os nomes, incluindo seus três indicados, foram aprovados nessa reunião. São eles Vitor Saback, presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), e Pietro Mendes, egresso do Ministério de Minas e Energia no governo Bolsonaro – que, com o usineiro Carlos Turchetto, foram prontamente apelidados no governo de 'núcleo bolsonarista'”, prossegue.

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"Essas foram as escolhas do governo, não tem porque trocar ninguém. A menos, é claro, que o comitê de elegibilidade ou o sistema de checagem aponte algum impedimento", disse Silveira. "Eu e Lula estamos no amor, e no dia em que não estiver eu vou voltar pra casa, porque ele é o presidente, ele ganhou as eleições", acrescentou.

A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, porém, criticou duramente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que indicou para a Petrobrás conselheiros fora da lista do Palácio do Planalto e considerados "privatistas" e "entreguistas" por especialistas na área de petróleo. "Eu penso que os indicados do governo têm que seguir o governo. Esse é um problema do ministro Alexandre Silveira. Ele não pode colocar um conselheiro que seja contra o que o presidente falou na campanha. Estelionato eleitoral não pode não. Nós temos que ser firmes. Não tem por que manter essa política de preços da Petrobrás, de dolarização. Não tem por que pagar esses dividendos. Isso é um tapa na cara dos brasileiros. Isso é escorchante. Quem for para a Petrobrás, no conselho, na diretoria, tem que saber isso. Ganhou um presidente que falou isso na campanha. Se a gente tiver uma gasolina mais barata, a gente tem impacto na competitividade e no processo inflacionário", disse ela, em entrevista ao Metrópoles.

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O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, Deyvid Bacelar, também afirmou que ficou indignado com os nomes indicados pelo ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, para o conselho da Petrobrás. "São nomes que atuaram no governo Bolsonaro e que defendem a privatização da Petrobrás e a política de preços atual", disse ele. "É inconcebível".

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