Alckmin: reforma tributária pode fazer PIB brasileiro crescer 10% em 15 anos

Vice-presidente afirmou que modelo tributário atual é “caótico”, “muito injusto” e dificulta a retomada do crescimento da economia brasileira

Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin (Foto: Reuters/Adriano Machado)


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247 - Em evento da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), voltou a falar na necessidade de avançar a reforma tributária e afirmou que, com as mudanças, o PIB brasileiro pode crescer 10% nos próximos 15 anos.

Ele afirmou que o modelo tributário é “caótico” e leva à judicialização de “tudo” “Eu, em São Paulo, quando era governador: ‘traga aqui os 20 maiores devedores do estado’. Tudo empresa bilionária, as maiores do Brasil. Judicializa tudo. A melhor profissão no Brasil é advogado tributarista, é um espetáculo. É uma complexidade tributária absurda. Então o primeiro objetivo é a simplificação”. 

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Ele também destacou o papel da reforma na retomada do crescimento econômico e facilitação de exportações. “Eu fui prefeito quando o país crescia 12% ao ano, o chamado ‘milagre brasileiro’. Nós precisamos fazer a economia voltar a crescer. Essa é uma reforma que traz eficiência econômica, pode fazer o PIB crescer em 15 anos 10%. O modelo nosso acumula crédito, então você dificulta exportação. O mundo que cresce é comércio exterior, é Índia, China, Alemanha. Exporta e importa, exporta e importa, exporta e importa. Temos que estimular. Algum tipo de indústria não se mantém se não exportar. Só com o mercado interno não se mantém”.

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O vice-presidente classificou, por fim, o arcabouço tributário do Brasil como “muito injusto”: “ele arrecada de maneira injusta”. “Tudo aqui é sobre consumo. Nos Estados Unidos o imposto sobre o consumo é de 20%. Lá tributa consumo, renda e patrimônio. Aqui é consumo, consumo, consumo e consumo. Então 50% do produto é imposto. A população consome pouco. Como é que vou comprar um carro se eu ganho R$ 1.320 do salário mínimo e o carro - popular - custa R$ 70 mil? Então o Brasil tem capacidade de produzir cinco milhões de veículos e hoje produz dois milhões. O povo não tem dinheiro”. 

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“Essa é uma reforma que traz eficiência econômica. O modelo nosso é injusto. Tem município que a renda per capita é de quase R$ 9 mil e tem município que é R$ 30. Não é possível continuar com um modelo desse”, disse Alckmin, que prometeu diálogo com prefeitos na construção do texto da reforma. “O caminho é o diálogo. Queremos que os municípios arrecadem mais, arrecadem melhor e que a economia cresça. Então esse é o caminho do diálogo para a gente poder avançar”.

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