Agenda liberal trouxe retrocessos duradouros, diz Nelson Barbosa
Foi uma agenda que gerou perdas para a maioria da população
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247 - Em artigo publicado nesta sexta-feira (14) na Folha de S.Paulo, o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento (2015-2016) Nelson Barbosa critica a posição do jornal cobrando posicionamento econômico de Lula. "Entendo a cobrança, mas seria bom cobrar o mesmo de Bolsonaro, do contrário parece que a Folha endossa o cheque especial pedido pela atual administração".
O editorial da Folha também disse que "já passa da hora de reconhecer que a agenda liberal dos últimos anos trouxe avanços duradouros".
O ex-ministro refuta a tese do jornal: "Quem acompanha esta coluna sabe que, mesmo após o golpe de 2016, defendi a reforma da Previdência e outras mudanças institucionais feitas por Temer e Bolsonaro, mas achar que essas reformas foram avanços duradouros é um exagero de quem vive na bolha da Faria Lima".
De acordo com Barbosa, "os números da economia mostram que o golpe contra Dilma Rousseff aprofundou e alongou a recessão de 2014-16".
"A agenda neoliberal de Temer atrasou a recuperação da economia. Perdeu-se tempo com um teto irrealista de gastos, adiando a reforma da Previdência, que Dilma iria encaminhar ao Congresso em 2016. A reforma só veio três anos depois, muito além do necessário".
"No mercado de trabalho, a reforma de Temer reduziu sim custos judiciais, mas ela também estimulou a informalidade e precarização".
"Na reforma tributária, Temer nada fez e Bolsonaro deixou o assunto para a última hora, fracassando em suas tentativas de mudança. Nosso sistema tributário ficou ainda mais desorganizado, isto sim com efeitos duradouros negativos sobre a economia".
"E para coroar a destruição econômica, o teto Temer de gasto comprimiu o gasto social, derrubou o investimento público abaixo da depreciação (pontes estão literalmente caindo) e pariu o monstro do orçamento secreto, que levará anos para ser derrotado".
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