Aeroportos S/A
Transformando-se os aeroportos em sociedades anônimas, abertos à concorrência, o governo dá um acalentado passo à modernidade
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Desconfiando e descrendo da sua capacidade gerencial-administrativa, o Governo Federal resolveu licitar alguns aeroportos internacionais com a participação efetiva e decisiva da iniciativa privada.
Os lotes que alcançam somas superiores a R$ 3 bilhões, na realidade, serão impulsionados pelo capital estrangeiros na formação de consórcios, com a cláusula prevista destinando 30% ao parceiro Infraero.
Essencial destacar que o gargalo da infraestrutura se hospeda nos aeroportos nacionais, com a falta de agilidade no embarque e desembarque, demora excessiva na liberação das bagagens, furtos e extravios de produtos, além do que, a grande maioria funciona 24 hs por dia.
A capacidade de aumento de voos e de passageiros resulta da própria situação de infraestrutura, mas o aeroporto de Viracopos em Campinas é considerado a joia da rainha, pela excelente localização, pouquíssimos dias fechados pelo tempo ruim, pistas superiores a 3 km, e a facilidade de atender à população de quase 30 milhões de pessoas no interior do Estado de São Paulo.
Existem no mundo globalizado diversos modelos de aeroportos, desde aqueles simples aos mais sofisticados, como Dubai e Singapura, verdadeiras estruturas de shopping com teatros, cinemas, hotéis e tudo o mais que se pode esperar de uma área imensa, com bons restaurantes e salas de repouso e descanso.
Antes de tudo, precisamos melhorar o sistema de controle aéreo, mantido pelo Governo, dotando seu pessoal de salários compatíveis conhecimento de inglês e espanhol e aparelhos modernos.
As pistas podem ser ampliadas e aumentadas para permitirem pousos e decolagens intermitentes, retirando-se mediante expropriação toda e qualquer construção lindeira.
O tempo escasseia até o evento Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, quando milhões de pessoas do mundo inteiro virão a frequentar os aeroportos e sentirão a implementação de boas e sólidas raízes multimodais de transporte.
Este ponto é fulcral, a interconexão de aeroportos com os demais meios de transporte, a exemplo do metrô, trem, ônibus e tantos outros.
O trem bala é fundamental para a estabilidade do transporte e ligação entre as cidades e os Estados.
Muito pouco adianta termos aeroportos de primeiro mundo se o deslocamento entre eles e a cidade é estafante e desgastante.
Na Europa e nos EUA todos os grandes aeroportos estão linkados com transportes outros que possibilitam rápido e fácil deslocamento.
Não nos esqueçamos do setor aéreo nacional. Com o desaparecimento de grandes companhias que vieram à quebra, muitos slots sobraram e médias e grandes cidades, principalmente do eixo sul, ficaram sem voos.
Não é preciso realçar que algumas cidades somente possuem uma opção de voo da mesma companhia aérea que oferece preço salgado.
A intenção do governo parece ser melhorar as condições do transporte e, ao mesmo tempo, popularizar o meio, uma vez que a extensão territorial do País é desfavorável às viagens terrestres.
No entanto, não nos olvidemos dos preços dos bilhetes aéreos que vem subindo ao longo dos últimos anos, o que é de rigor, significa uma concorrência de maior número de companhias aéreas as quais se mostrem interessadas e quebrem as barreiras restritivas de participação no capital nacional.
Transformando-se os aeroportos em sociedades anônimas, aberto à concorrência, o governo dá um acalentado passo à modernidade e, acima de tudo, à transparência no progresso da própria Nação.
Oxalá os resultados não demorem a aparecer.
Carlos Henrique Abrão é desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo
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