Aepet comemora fim do PPI e defende que a "Petrobrás deve abastecer o mercado brasileiro aos menores custos possíveis"

"Petrobrás pode praticar preços inferiores aos paritários de importação e obter excelentes resultados empresariais", diz a Associação dos Engenheiros da Petrobrás

(Foto: Fernando Frazão/Ag.Brasil)


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247 - A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) divulgou nota nesta terça-feira (16) comemorando a decisão da diretoria da Petrobrás de pôr fim à política de Preços por Paridade de Importação (PPI).

Leia na íntegra:

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A direção da Petrobrás divulgou Fato Relevante [1] sobre sua estratégia comercial para o Diesel e a Gasolina, nesta terça-feira (16). Nele, registra a substituição da atual política de preços praticada por suas refinarias.

A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) tem criticado a política de Preços Paritários de Importação (PPI) desde 2017 e recebe com esperança a informação de que ela foi extinta pela atual direção da Petrobrás.

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Com relação à nova política, a direção da Petrobrás informa que “usa referências de mercado como: (a) o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e (b) o valor marginal para a Petrobras. O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos, já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dada às diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.” [1]

Pela descrição não é possível ter um juízo sobre a adequação da nova política de preços. Será necessário avaliar como as referências (custo alternativo do cliente e custo de oportunidade da Petrobrás) serão utilizadas para determinar os preços ao consumidor brasileiro.

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Além dos novos preços praticados pelas refinarias da Petrobrás, outros dois indicadores que devem ser observados são os volumes importados pelos competidores da estatal e a ociosidade das suas refinarias.

A AEPET acredita que a Petrobrás pode praticar preços inferiores aos paritários de importação (PPI) e obter excelentes resultados empresariais, com a recuperação da sua participação no mercado brasileiro e a maior utilização da sua capacidade instalada de refino.

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Somente a Petrobrás consegue suprir o mercado doméstico de derivados com preços abaixo do paritário de importação e, ainda assim, obter resultados compatíveis com a indústria internacional e sustentar elevados investimentos que contribuem para o desenvolvimento nacional.

A Petrobrás deve abastecer o mercado brasileiro aos menores custos possíveis e garantir sua sustentabilidade empresarial, ao assegurar que suas margens operacionais sejam compatíveis com a indústria internacional, com alta capacidade de investimento e resiliente à variação do preço do petróleo.

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A AEPET prosseguirá acompanhando a gestão da Petrobrás, onde se inclui a relevante administração dos preços dos derivados, considerando sempre o interesse nacional brasileiro, o crescimento econômico e o desenvolvimento social da Nação, e a saúde tecnológica, operacional e financeira da Companhia e o tratamento do seu corpo de empregados.

Direção da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET)

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16 de maio de 2023

https://www.aepet.org.br/w3/

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Referências

[1] Petrobras, “Petrobras sobre estratégia comercial de diesel e gasolina,” 2023.

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